Um dos campos mais afetados de toda a sociedade pela pandemia, com impactos diretos e indiretos, é o setor da educação. Vimos, desde que o coronavírus avançou no país, a transição do modelo tradicional de aulas para o formato remoto, o EAD.
Isso ocorreu principalmente devido às restrições sanitárias recomendadas para combater o avanço da pandemia, que no Brasil já matou mais de meio milhão de pessoas, sendo um dos países mais afetados do planeta.
Visto que o quadro da pandemia foi extremamente grave aqui e está se estabilizando apenas hoje, restrições e recomendações sanitárias extremamente rígidas foram necessárias.
Apesar de o setor educacional ter sido afetado como um todo, cada grau e nível educacional teve um impacto característico. Por exemplo, nos ensinos fundamental e médio vimos o aumento nas taxas de evasão escolar.
Já no ensino superior, vimos que projetos de pesquisa foram interrompidos juntamente com outras atividades acadêmicas, como congressos, saraus, apresentações e, assim como no ensino médio, as aulas presenciais também foram interrompidas.
Além disso, o número de pesquisadores, alunos e professores voltando seus esforços para o coronavírus também teve um impacto na produção científica do país, visto que os objetivos específicos de um trabalho acadêmico eram voltados para combater a pandemia.
Diversos pesquisadores da área da saúde e da biologia passaram a voltar suas pesquisas e os objetivos gerais e específicos de seus projetos para o combate da pandemia em diversos aspectos, como por exemplo:
- Produção de vacinas
- Sequenciamento do genoma do vírus
- Elaboração de medidas profiláticas
- Ciclo de vida do vírus
- Modos de transmissão do vírus
Alguns exemplos disso podem ser vistos na UNESP, na USP, e em várias outras universidades, que voltaram seus esforços para a proteção local.
No entanto, após quase dois anos de pandemia nós temos o iminente retorno das aulas presenciais no ensino superior, o que representa a retomada de diversas atividades já mencionadas anteriormente, como o desenvolvimento de pesquisas.
Protocolos e comprovantes de vacinação exigidos
De acordo com reportagem realizada pela Globo em sua plataforma G1, ao menos 51 das 69 universidades federais de todo o país irão exigir de seus alunos os comprovantes de vacinação em dia para o acesso ao campus e às aulas presenciais.
Faltam palavras para os objetivos específicos serem descritos de maneira efetiva, visto que cada universidade irá lidar com a situação de uma forma distinta, visto que universidades públicas são autarquias.
Contudo, é quase via de regra que as universidades públicas do país exigirão os protocolos de vacinação em dia para seus alunos poderem acessar ao câmpus.
Ainda, estes dados não incluem as universidades estaduais que irão fazer exigências do protocolos, como a UNESP e a USP, que certamente farão questão da apresentação destes documentos para o retorno das aulas presenciais.
Além disso, algumas universidades ainda contarão com procedimentos sanitários e algumas requisições para o retorno das aulas, como o uso de máscaras dentro de sala de aula e também a disponibilidade de álcool em gel dentro das salas e laboratórios.
Desafios para o retorno das aulas presenciais
Assim como aponta reportagem da Folha, privar os universitários de aulas presenciais neste ponto da pandemia é hipócrita e cruel, levando em consideração o iminente retorno da maior parte dos setores da sociedade às suas atividades normais, inclusive da própria educação.
O retorno das aulas carregará junto consigo a possibilidade diversos alunos reaverem seus projetos de TCC e finalmente voltarem a pensar em verbos para objetivos específicos e maneiras melhores de escrever seus projetos acadêmicos.
Porém, algumas universidades apontam a falta de verba para aderirem às medidas sanitárias por um longo prazo, acusando falta de aporte do governo federal.
Logo, a verba e o investimento na educação são essenciais para alunos de todo o Brasil voltarem a definir o objetivo e formulação da pergunta para seus projetos acadêmicos e para o regresso às aulas, tanto de professores e alunos, quanto de pesquisadores da pós.
Outros desafios também dizem respeito à presença de intercambistas e estrangeiros nas universidades, por uma mera questão burocrática, de acordo com o andamento dos cronogramas de vacinação de seus respectivos países.
Portanto, o retorno tende a ser gradual, principalmente para a pós-graduação. Já no nível de graduação, as aulas retornarão para 100% dos alunos em breve.
O retorno às aulas presenciais é necessário
Por fim, é mais que urgente dizer que o retorno às aulas presenciais em nível superior, sobretudo nas universidades públicas, é extremamente necessário, de acordo com o andamento dos programas de vacinação ao redor do país.
Isso possibilitará o retorno gradual da produção científica no país, o retorno de congressos e de eventos que possibilitarão o intercâmbio de pesquisas e conhecimento entre diversas instituições de ensino.
Sobretudo, todo este processo deve ser respaldado pelo investimento público e pela verba vinda dos governos federais e estaduais, que serão responsáveis pelo desenvolvimento técnico das instituições de ensino, essenciais para o desenvolvimento técnico do Brasil.