Empresas buscam auxiliar a sociedade em meio à pandemia do coronavírus

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Pouco mais de três meses após os primeiros alertas das autoridades chinesas à Organização Mundial da Saúde (OMS), o coronavírus se espalhou pelo planeta e ganhou a classificação de pandemia, somando milhares de vítimas. Juntamente com a apreensão diante de uma doença desconhecida, com seus impactos sociais e econômicos de toda ordem, o cenário criado pelo novo vírus fez surgir também uma mobilização que uniu cidadãos, entidades e empresas de diferentes tamanhos, que não pouparam esforços na implementação de ações. Os exemplos são muitos e estão presentes em todos os segmentos do mercado.

A Philip Morris Brasil (PMB) é uma dessas empresas. A companhia tomou medidas para resguardar a saúde e a segurança de seus colaboradores, terceiros e parceiros, muito antes dos primeiros casos começarem a ser notificados no Brasil. Uma das primeiras providências foi montar um Comitê de Contingência, com representantes de diversas áreas da companhia, para monitorar dia a dia a situação e avaliar as medidas necessárias de prevenção.

As áreas administrativas foram colocadas em regime de home office. As viagens internacionais já haviam sido interrompidas em fevereiro. Para resguardar as equipes que atuam nas linhas de produção, na fábrica em Santa Cruz do Sul, em conformidade com os decretos das autoridades de saúde, a empresa tomou uma série de providências: a circulação de pessoas na área industrial foi reduzida ao mínimo possível, com restrições de acesso de terceiros; os colaboradores passaram a ser monitorados por medidores de temperatura, com o objetivo de restringir ainda mais os riscos de contaminação e kits de higiene e uma cartilha com boas práticas foram distribuídos para intensificar os cuidados com a higienização não só no ambiente de trabalho, mas também em família.

Outra medida tomada reestruturou a logística interna da fábrica, com separação de grupos de trabalho, intervalos/refeições em momentos alternados, mudanças de turno e fornecimento de transporte que prioriza o distanciamento social. Essas precauções se somaram ao reforço de prática comuns, como o uso mandatório de equipamentos de proteção individual, os EPIs, por meio de reforço na distribuição de máscaras, principalmente.

União de esforços

Mas a empresa foi além e tem se empenhado em ações para minimizar o impacto da pandemia do coronavírus na sociedade. Em Santa Cruz do Sul, cidade onde está localizada sua unidade de produção, fez um aporte financeiro de R$ 500 mil para apoio às ações da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, entre elas a implantação de um hospital de campanha no município, que já está concluído.

A empresa também adaptou, em tempo recorde, seu laboratório para produzir e doar 1200 litros de álcool sanitizante, entregues à Secretaria de Saúde da cidade. Há previsão para produção de mais uma leva do produto para outras doações.

Por meio da coligada ProfiGen do Brasil, a PMB emprestou à Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) um dos poucos equipamentos existentes no Estado do Rio Grande do Sul, com grande capacidade de extração e processamento de material genético do vírus (RNA). O objetivo é agilizar os testes genéticos para diagnóstico da doença, com o auxílio técnico que os colaboradores da empresa oferecerão à Universidade.

“Além das ações já executadas, buscamos novas formas de colaboração, não só para o Estado do Rio Grande do Sul, que tem grande relevância para nossas operações, mas também para todo o País. Nossa preocupação prioritária, neste momento, são as pessoas, sejam elas da empresa ou não. Tenho dito para todo o meu time: juntos somos mais forte”, comenta Alejandro Okroglic, diretor de Operação da Philip Morris do Brasil.

Ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio das secretarias de Governança e Gestão Estratégica (SGGE), da Saúde (SES) e da Defesa Civil, a empresa doou 30 mil máscaras cirúrgicas, que serão usadas de de acordo com os critérios das autoridades do Estado e que chegam em um momento de escassez de equipamentos para os profissionais de saúde.

No Estado de Santa Catarina, a PMB retomou a compra de tabaco, que havia sido temporariamente interrompida, para conter a contaminação pela Covid-19. A empresa quer, com essa medida preservar a sustentabilidade dos produtores da região. Para isso, segue todas as normas estabelecidas pelas autoridades públicas de saúde do Estado, a fim de garantir de maneira prioritária a segurança e a saúde de toda a cadeia durante a pandemia.

Nas primeiras semanas de abril, a PMB disponibilizou para a Prefeitura de São Paulo, 10 veículos de sua frota de distribuição, com motorista e equipe de apoio. O objetivo foi contribuir durante uma semana com a entrega de mais de 100 toneladas de cestas básicas, fornecidas pelo município. “Usamos uma das maiores fortalezas do nosso negócio para entregar 35 toneladas de alimentos e colaborar nesse momento crítico”, comenta Rui Duarte, gerente da área de Corporate Affairs da Phillip Morris Brasil.

Uma outra medida também foi implementada para beneficiar o varejo de todo País: a  empresa prorrogou os prazos de pagamento, sem juros e multas. Desta forma, contribuiu com aqueles pontos de venda que não estejam funcionando, em razão de medidas restritivas locais e, por este motivo, não tenham como honrar seus compromissos neste momento.

Além disso, internamente, os colaboradores da empresa se mobilizam em ações de voluntariado, como doação de sangue, confecção de máscaras caseiras, com materiais doados pela empresa; arrecadação de alimentos e kits de higiente, que também estão sendo repassados para instituições que fazem o gerenciamento de pessoas em situação de vulnerabilidade.  Em outra frente, alguns colaboradores que atuam diretamente na fábrica, estão fazendo trabalhos voluntários de manutenção de equipamentos e reforças prediais, em colaboração com as prefeituras de Santa Cruz do Sul e Sinimbu, ambas no estado do Rio Grande do Sul.

Empresa e colaboradores estão todos unidos em prol de colaborar de forma efetiva com o enfrentamento da Covid-19.  “Há muito a ser feito. E entendemos que é arregaçando as mangas que construímos um movimento de mudança solidária na sociedade”, completa Alejandro. Ao todo, os recursos aportados pela empresa são de cerca de R$ 2 milhões até o momento.

    

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