Após o diagnóstico de uma doença genética, em 2019, a rotina da família de Kauane Graeff mudou da noite para o dia. A menina, de 11 anos, foi diagnosticada com Neurofibromatose tipo 1, uma doença que causa manchas e tumores pelo corpo. No caso de Kauane, um dos tumores se desenvolveu no tronco bulbar (cérebro) e a menina também foi diagnosticada com hidrocefalia (aumento da quantidade de líquido no cérebro).
Nos últimos dois anos, o tumor começou a se expandir, causando dores e desconforto à Kauane. No dia 22 de outubro de 2021, ela foi internada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e, no dia 11 de novembro teve que ser transferida para o Hospital Conceição, para fazer a cirurgia no cérebro, que foi realizada em 15 de novembro.
De acordo com a mãe da menina, Janaine Graeff, foi uma cirurgia muito complexa e delicada. “O procedimento durou cerca de 8 horas. Durante a cirurgia, Kauane teve hemorragia e parada cardíaca, mas tudo ficou bem”, recorda a mãe, que tem uma outra filha e um neto com a mesma doença.
Após o procedimento cirúrgico, Kauane ficou 15 dias em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Conceição. No dia 10 de dezembro, a menina teve a oportunidade de voltar para casa, junto da família. Porém, cinco dias depois, começou a sentir muitas dores de cabeça, em decorrência de uma meningite, e teve que retornar ao hospital na véspera de Natal, para colocação de uma válvula de Derivação Ventricular para Peritôneo (DVP). Devido à gravidade, ela teve que enfrentar mais duas cirurgias, nos dias 24 e 31 de dezembro.
Após os procedimentos, Kauane ainda mantém sessões de quimioterapia em Porto Alegre. No dia 20 de janeiro, a menina retorna ao hospital para retirada dos pontos e, em fevereiro, irá realizar a sessão de quimioterapia. Segundo a mãe, a continuidade do tratamento vai depender da evolução de saúde de Kauane.
Vaquinha solidária
Desde o diagnóstico, a família está mobilizada para arrecadar recursos para proporcionar uma melhor qualidade de vida à Kauane. A mãe, Janaíne, trabalha de forma autônoma como faxineira e, em decorrência do tratamento da filha, teve que deixar de trabalhar. Por isso, iniciou uma ‘vaquinha’ pelas das redes sociais. A iniciativa mobilizou outros grupos a realizarem campanhas de arrecadação financeira. Além da campanha promovida pela família, foi realizada uma ação entre amigos em Linha Herval e campanhas do grupo Amigas Solidárias (de Venâncio Aires) e Grupo Realidade Estradeiro (GRE), em prol da menina. “O valor adquirido foi empregado para proporcionar uma melhor qualidade de vida à minha filha. Fizemos uma reforma no quarto dela, (que tinha muita umidade) e a instalação de um ar-condicionado. Além disso, adquirimos a medicação para o tratamento”, conta a mãe. A família mora em uma casa alugada, no bairro Cidade Alta. A cirurgia de Kauane foi custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Como ajudar
•A família mantém a vaquinha virtual para arrecadar valores e custear os gastos com deslocamento a Porto Alegre, para a realização da quimioterapia e compra de medicação, de uso contínuo. Interessados em contribuir podem fazer um PIX (CPF 76707105000) ou pelo site http://vaka.me/2522466. Até o momento, a família arrecadou pouco mais de R$ 900 pelo site.
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