Lideranças políticas e empresariais do Rio Grande do Sul se reuniram durante uma videoconferência na terça-feira, 15, para discutir o plano de investimentos do governo federal na expansão da malha ferroviária.
No encontro, o diretor de Transporte Rodoviário do Ministério da Infraestrutura, Ismael Trinks, admitiu que a construção do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul não é prioridade para o governo federal. Segundo Trinks, os investimentos no curto prazo estão concentrados na prorrogação antecipada da Malha Sul, com a recuperação de trechos que hoje estão abandonados.
O senador Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) e o deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) ressaltou que a opção do Ministério da Infraestrutura pela recuperação de ramais já existentes não vai diminuir a mobilização e a vontade dos gaúchos em ter uma ligação ferroviária até o Porto de Rio Grande.
“Levamos anos discutindo o traçado. Isso é uma questão política. Não podemos deixar esse projeto abandonado. Temos 79 novas indústrias se instalando no Estado e outros tantos projetos para os próximos anos”, reforçou secretário de Desenvolvimento Econômico doestado, Edson Brum Brum.
Já o senador Heinze afirmou que está trabalhando para pautar no Senado o projeto que pretende destravar R$ 25 bilhões em investimentos na malha ferroviária nacional.
Prorrogação antecipada
A chamada prorrogação antecipada da Malha Sul prevê um contrato aditivo de mais 30 anos do contrato de concessão atual, estabelecendo a obrigatoriedade de investimentos em segurança e aumento da capacidade de cargas. Sem essa antecipação, o programa de investimentos somente começaria a valer a partir de 2027 na hipótese de uma nova concessão. A gerente de planejamento da Rumo, Giane Custódio, disse que esse trabalho está fase de elaboração do caderno de demandas, onde é feito o estudo do volume de cargas na malha sul.
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