Heróis anônimos promovem onda de solidariedade contra o coronavírus

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O isolamento social é necessário para conter a disseminação do coronavírus, mas para algumas iniciativas, sair de casa pode ser permitido, principalmente se for em prol da solidariedade, como doar sangue e ajudar na melhoria da comunidade onde se vive. Em grande parte das vezes, a ação individual de uma empresa, ONG ou cidadão dispara um processo que atrai novas contribuições e gera um impacto muito maior do que o previsto inicialmente.

Para um grupo de colegas de trabalho da região do Vale do Rio Pardo, colocar a mão na massa aconteceu depois de muitas trocas de mensagens para se discutir formas de colaborar com a comunidade. É o caso de Mauro Heck, engenheiro de Produção, que utilizou sua experiência em outras ações voluntárias para sugerir que a mão de obra especializada de todos do grupo, composto principalmente por profissionais das áreas mecânica e eletrônica, fosse oferecida aos hospitais da região – Hospital Ana Nery, Hospital de Santa Cruz do Sul, ambos de Santa Cruz, além do Hospital de Vera Cruz e Hospital de Sinimbu.

“Tudo começou com um questionamento no grupo: como podemos colaborar com a comunidade? Influenciados pelos noticiários, pensamos em desenvolver equipamentos médicos, mas logo vimos que as necessidades eram urgentes e não poderiam esperar”, conta.

Dois hospitais aceitaram a ajuda. O Hospital de Santa Cruz do Sul recebeu manutenção preventiva do sistema de gases de sete salas cirúrgicas, com conserto de todas as tubulações de gases que apresentavam vazamentos e substituição de mangueiras, conectores e outros ajustes. No Hospital de Sinimbu foi feita a entrega de um vestiário que será usado pelos profissionais, para maior conforto.

“Eu me sinto privilegiado de fazer algo que, para mim, é bem simples, mas que contribuirá para o bem estar de várias pessoas nesse momento”, descreve Luciano Coan. Engenheiro mecânico, ele teve a oportunidade de trabalhar nas duas iniciativas dos prédios hospitalares. “Foi uma experiência muito rica. Em apenas alguns dias, fizemos a diferença usando nossos conhecimentos e talento profissional para beneficiar dezenas de pessoas”, conclui.

“Em Sinimbu, o hospital não contava com um vestiário na área externa e os profissionais de saúde tinham que ir até o segundo andar do prédio para a higienização, troca de roupas e colocar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A partir de agora, podem fazer tudo isso sem riscos de contaminação. O Hospital é uma construção antiga de 85 anos. Tenho muita gratidão por fazer parte do grupo e poder voltar a fazer um trabalho voluntário, algo que não fazia há algum tempo. A correria do dia a dia nos faz esquecer que todos podem e devem ajudar”, conclui Mauro.

“O entusiasmo do grupo é geral. Ficamos felizes de colocar nosso tempo e esforço a serviço da comunidade. É um sentimento de orgulho e pertencimento, de poder sair um pouco de nossa rotina e ir para um hospital se colocar à disposição e ser útil”, destaca Samuel Koch, engenheiro de Produção, que coordena as ações. De acordo com ele, outras frentes de atuação estão sendo pesquisadas, algumas delas em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), uma instituição parceira da Philip Morris Brasil, empresa onde todos trabalham e que liberou os voluntários para as atividades, compreendendo a importância da iniciativa.

O grupo está de prontidão para outras demandas. O Hospital de Vera Cruz já manifestou interesse em contar com os serviços e o de Sinimbu sinalizou mais uma demanda de obra de pequeno porte. Dentro das possibilidades, o trabalho poderá ser ampliado para cidades próximas, desde que uma avaliação prévia rigorosa indique que os conhecimentos dos profissionais atendem às necessidades dos espaços e que a as exigências de segurança de todos os envolvidos sejam atendidas, fator cuidadosamente avaliado para que não haja riscos de exposição a doenças.

Mas uma coisa é certa: todos acreditam que o grupo pode se manter ativo mesmo após a pandemia. “Esta experiência nos mostrou o quanto podemos ser úteis à sociedade. Basta querer ajudar. Além disso, abre nossos olhos para enxergarmos o outro e o que está acontecendo a nossa volta. A segurança do grupo é primordial e levamos isso a sério, mas estender a mão em prol da melhoria da comunidade, tem feito nossos olhos brilharem”, enfatiza Samuel.



Assessoria de Imprensa

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