Apesar da chuva irregular e em volume menor, não se projeta a ocorrência de estiagens amplas e severas em Venâncio.
O ano começou ‘seco’ em Venâncio Aires e, até esta sexta-feira, 10, foram apenas 9 milímetros no município, conforme pluviômetro do agricultor Paulo Fischer, morador de Linha Herval Mirim. Daqui para frente, a previsão é de chuva apenas no próximo fim de semana, o que preocupa agricultores em relação às culturas de verão, especialmente a soja.
Segundo a meteorologista Maria Angélica Cardoso, do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, em janeiro a tendência é a chuva ficar com volumes um pouco abaixo da média, com chuva irregular e mal distribuída, com os maiores volumes acontecendo ao longo da segunda quinzena. “A projeção para janeiro é que a chuva fique em torno de 60 milímetros a 80 mm abaixo da média, sendo a média de 172 mm. Já fevereiro tende a ter pancadas mais frequentes, mesmo que de forma isolada. A tendência é de volumes entre 10 mm a 20 mm acima da média, sendo a média 154 mm.”
Apesar da redução no volume de chuvas, Maria Angélica explica que não se projeta a ocorrência de estiagens amplas e severas. “Embora o início de mês registre pouca chuva e já causa preocupação com uma possível estiagem, a chuva tende a ocorrer com volumes mais significativos a partir do terceiro decêndio do mês, mais ou menos em torno do dia 20.”
Em relação às temperaturas, conforme o NIH da Univates, as previsões indicam marcas predominantemente acima da média durante os todos os meses do verão.
La Niña
Segundo a meteorologista Maria Angélica Cardoso, é provável que o La Niña ainda se configure completamente neste verão. “Esta condição atual de neutralidade, mas com tendência fria, se assemelha muito aos efeitos de um La Niña fraco para o Brasil. Então, mesmo que oficialmente não se forme um La Niña, vamos sentir a influência aqui no Vale desse efeito. O fenômeno deve ser de curta duração e fraca intensidade, mas, é fundamental acompanhar as atualizações das previsões.”