O novo contrato para coleta e transporte de resíduos sólidos em Venâncio Aires prevê a instalação de 500 contêineres no centro e bairros. O número é cerca de 40% maior que os atuais 296 equipamentos e está entre as exigências do edital de concorrência para contratação do serviço, aberto neste mês pela Prefeitura.
De acordo com informações da Secretaria de Meio Ambiente, os novos contêineres irão substituir, gradualmente, os atuais. Terão o mesmo tamanho e capacidade, mas as cores irão mudar, para seguir uma padronização. Ou seja, dos novos verdes (76 unidades), estes serão para os resíduos recicláveis. Já os do rejeito ou orgânico (424 unidades) serão na cor marrom.
Com mais equipamentos pela cidade, a coleta automatizada também vai aumentar. Neste ponto, conforme a Secretaria de Meio Ambiente, está uma das tentativas de diminuir os custos com o serviço. Segundo a pasta, locais que hoje contam apenas com a coleta convencional (com garis), devem ter o recolhimento mecanizado. Na prática, seriam necessários três motoristas e não mais outros funcionários para fazer o recolhimento manual (que permanecerá em alguns pontos).
Custos
De acordo com o edital, os custos mensais com os três serviços que terão novos contratos chegam a R$ 303,6 mil – R$ 3,6 milhões por ano. Somando aos R$ 840 mil anuais da CRVR, que ainda tem contrato em vigência para o destino final no aterro sanitário, e os cerca de R$ 250 mil anuais com a Usina de Triagem de Linha Estrela, o valor chega a R$ 4,7 milhões por ano.
Só em 2019, foram R$ 4,9 milhões. Desse valor, a Prefeitura precisa desembolsar parte com outros recursos próprios, já que a arrecadação anual com taxa de lixo gira em torno de R$ 3 milhões.
Contratos
O edital de concorrência prevê a contratação de empresa para execução de coleta e transporte de resíduos sólidos. Até o dia 20 de novembro, interessados podem enviar as propostas à Prefeitura.
A licitação foi necessária porque três dos atuais quatro contratos referentes à coleta e transporte de resíduos terminou neste mês, depois de cinco anos de prorrogações anuais. Para que o serviço não fosse interrompido, foi feito um aditivo nos convênios.
Atualmente, a Conesul é responsável pelo recolhimento domiciliar e materiais de postos de saúde. Já o transporte da usina de triagem até Minas do Leão é feito pela Ecopal Reciclagem e Transportes. São estes contratos que terminaram.
Com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que faz o destino final no aterro sanitário, o contrato encerra em maio de 2021.
Além destes, a Prefeitura ainda tem o contrato com a Cooperativa Regional de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto), que trabalha junto à Usina de Triagem em Linha Estrela. Em junho foi firmado novo convênio – R$ 30,2 mil mensais – com prazo inicial de um ano, podendo ser renovado.
Roteiros da coleta
- Mecanizada (recicláveis e orgânico): pelo edital, ela ocorrerá nos bairros Aviação, Brígida, Centro, Cidade Alta, Cidade Nova, Cruzeiro, Gressler, Morsch, São Francisco Xavier, União e Xangrilá.
- Convencional: Battisti, Bela Vista, Brands, Canto do Cedro, Cidade Nova, Coronel Brito, Diettrich, Industrial, Leopoldina, Macedo, Santa Tecla e Universitário.
- Seletiva: Aviação, Battisti, Bela Vista, Brands, Brígida, Canto do Cedro, Cidade Alta, Cidade Nova, Coronel Brito, Cruzeiro, Diettrich, Gressler, Industrial, Leopoldina, Macedo, Morsch, Santa Tecla, São Francisco Xavier, União, Universitário e Xangrilá.
- Interior (convencional): a coleta seguirá, respectivamente em dias de semana diferentes, nas localidades do município. Um roteiro que, mensalmente, chega a 2,7 mil quilômetros.