Os mais de 770 contêineres que vão integrar o novo sistema de coleta de resíduos de Venâncio Aires já estão no município. Mas, por enquanto, eles não irão para as ruas porque ainda falta encerrar os processos licitatórios relacionados à contratação das empresas que vão recolher e transportar, além de receber os três caminhões que farão a coleta. Por isso, a tendência é de que tudo fique para 2022.
Neste momento, estão no depósito 510 contêineres verdes (orgânico e rejeitos) e 262 unidades azuis (recicláveis). Os equipamentos vão ampliar em 60% a abrangência da coleta automatizada.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Nelsoir Battisti, como o custo da compra ficou abaixo do previsto, isso abriu a possibilidade de solicitar ao Ministério do Meio Ambiente mais 163 contêineres – se confirmados, serão 935 ao todo. “Vamos ampliar de 280 para 450 os pontos de coleta conteinerizada. Alguns equipamentos ficam para reserva e haverá pontos, com maior concentração de moradores, que precisarão de mais contêineres. Além disso, todos os condomínios populares serão contemplados”, garantiu Battisti.
Antes de começar a instalação nas ruas, o Município aguarda pelos prazos legais em torno de duas licitações. É o término delas um dos condicionantes para implementação do novo sistema. A expectativa é de que tudo esteja resolvido até 25 de outubro, quando encerra os atuais contratos com a Conesul e a Ecopal Reciclagem e Transportes.
Atualmente, a Conesul é responsável pelo recolhimento domiciliar na cidade e no interior. Já o transporte da usina de triagem até o aterro de Minas do Leão é feito pela Ecopal. Estes contratos terminaram em 2020, depois de cinco anos de prorrogações anuais. No ano passado houve mais uma extensão extraordinária, a qual encerra no mês que vem.
Como está
Segundo o Setor de Licitações, a licitação para a empresa que fará o transporte para Minas do Leão está em fase de análise dos custos apresentados pelas quatro empresas que se habilitaram. A empresa vencedora vai disponibilizar caminhão próprio para o serviço.
Quanto ao processo para definir a empresa que vai realizar a coleta, a abertura de documentos para habilitação das empresas está marcada para o dia 24 de setembro. Depois disso que ocorre a abertura das propostas.
Ainda, conforme o Setor de Licitações, para este serviço a Prefeitura irá disponibilizar três caminhões, já comprados de uma empresa de Lajeado, mas que não foram entregues. Eles custaram, ao todo, R$ 1,755 milhão. “Já temos a informação que, devido à falta de matéria-prima, dificilmente a empresa fará a entrega antes de dezembro. Por isso, nossa previsão é ter tudo encaminhado para iniciar o sistema em fevereiro”, projetou o secretário de Meio Ambiente, Nelsoir Battisti.
Dessa forma, mesmo que as licitações estejam concluídas até 25 de outubro, provavelmente a Prefeitura precisará fazer um contrato emergencial para manter o serviço de coleta.
Outros contratos
Ainda para o sistema de resíduos, a Prefeitura tem mais dois contratos. Com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que faz o destino final no aterro sanitário, e com a Cooperativa Regional de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo (Cootralto), que trabalha junto à Usina de Triagem em Linha Estrela.
Economia
Nesta semana, o prefeito Jarbas da Rosa acompanhou a chegada dos equipamentos e destacou a reestruturação que haverá através do programa Lixão Zero, do Ministério de Meio Ambiente. Com R$ 4,1 milhões para Venâncio Aires, além dos contêineres e caminhões, foram adquiridos triturador de galhos, biodigestores para as escolas e composteiras para compostagem doméstica.
Sobre a economia com o novo sistema, o prefeito lembra que a Administração paga R$ 614,21 pelo aluguel mensal de cada contêiner. O preço de compra ficou em R$ 1.409,90 cada um. “Só nesse aluguel já será possível uma economia considerável. Além disso, como o preço ficou abaixo, estamos encaminhando aquisição de mais unidades, além de lixeiras para a cidade e interior.” A previsão é de que o novo sistema contribua para uma economia anual de R$ 700 mil.
Os contêineres são de Polietileno de Alta Densidade – PEAD, com uma capacidade de 400 a 450 quilos. Diferente da disposição atual, os novos serão instalados nas ruas que cortam a cidade no sentido leste-oeste.