História de Plinio Jantsch – filho do dentista
No mês de março de 1947, chagava à Vila Melos (hoje Vale Verde), o jovem Guilherme Jantsch, recém-casado com Romana Jantsch, para assumir sua nova residência e cheio de vontade para começar seu trabalho de dentista protético. Sua formação era de licenciado, conforme seus certificados.
“Meu pai era muito corajoso e competente, pois, naquela época, era tudo muito simples, e com diversas dificuldades, pois não havia nem luz elétrica em Vila Melos, que dirá saneamento básico, estradas boas e transporte de qualidade”, lembra Plinio Jantsch.
Willy como também era chamado, iniciou seus trabalhos como o primeiro dentista da localidade e montou seu consultório na própria residência, que existe até hoje, e logo conquistou vários clientes. O material utilizado era trazido de Santa Cruz do Sul. Ouro era algo muito utilizado, principalmente nas chapas e pontes, e era adquirido na loja do senhor Steinhaus. Outros materiais eram adquiridos em outros fornecedores.
“Todos diziam que meu pai era muito cuidadoso no seu trabalho e, por isso, jamais houve uma infecção ou uma hemorragia, tão pouco uma reclamação, o que fez aumentar a clientela, que passou a vir de outros municípios”, destaca o filho.
Guilherme e a esposa Romana eram muito atenciosos e cordiais com a comunidade, sendo que, quem precisasse deles, sempre tinha atenção do casal. Guilherme Jantsch também foi enfermeiro, juiz de paz e vereador.
Após aproximadamente 25 anos de trabalho, já cansado, resolveu se aposentar e faleceu em maio de 1984. Sua esposa Romana faleceu em janeiro de 2017. Eles tiveram oito filhos: Célia, Ires, Lires, Vera, Sônia, Lourdes, Jorge e Plinio.
FATO CURIOSO
Plinio lembra um fato que deixou seu pai muito triste, quando cachorros atacaram seu rebanho de cabritos e mataram todos. “Como meu pai era muito apegado aos animais, ficou extremamente chateado com o fato ocorrido. Lembro que ele foi buscar os animais mortos na chácara com sua carreta de bois, e foram várias cargas, para pelo menos retirar o couro dos cabritos, que era utilizado para várias finalidades. Depois disso, meu pai parou de criar cabritos”, conta o filho mais novo.