Ketlin Eisermann reside em San Diego, na Califórnia, desde junho (Foto: Arquivo Pessoal)
Ketlin Eisermann reside em San Diego, na Califórnia, desde junho (Foto: Arquivo Pessoal)

Venâncio Aires - Especialmente, para duas jovens de Venâncio Aires, o Natal deste ano será marcado por uma experiência inédita: a celebração da data nos Estados Unidos. Ketlin Eisermann e Isadora Ortiz Barden realizam intercâmbio, uma em San Diego, na Califórnia, e a outra em Chevy Chase, Maryland. Há muitas expectativas para passar a data mais simbólica do calendário distante da família, dos costumes e das tradições brasileiras.

Para Ketlin, de 23 anos, que reside desde junho na Califórnia, será a primeira vez que não vai estar com a família no dia 25 de dezembro no bairro Cidade Alta, na Capital do Chimarrão. Ela permanece até julho do ano que vem em San Diego, onde realiza um intercâmbio como au pair. No programa, ela atua como babá e reside com uma família anfitriã. Por lá, auxilia nos cuidados com três crianças, de 5, 7 e 9 anos, e vivencia a rotina local. Além do trabalho, o intercâmbio possibilita o contato direto com a cultura e os costumes, especialmente nesta época do ano.

Sobre o Natal fora de casa, ela admite que a data não será fácil. “Vou sentir muita falta da minha família, isso é esperado”, confessa. Ainda assim, pretende aproveitar o que a cultura norte-americana oferece. “Aqui o Natal é no inverno com muita neve e, como eu convivo com crianças, dá para sentir mais essa magia do Natal.”

Para a venâncio-airense, o mais importante do Natal é estar em família. “Como não vou ter a minha família biológica, vou celebrar a data com a minha ‘host family’ e também com minhas amigas brasileiras de San Diego. Estou com muitas expectativas para o dia de Natal. Se eu pudesse descrever o que vejo aqui, é como nos filmes: neve, frio e uma magia diferente”, afirma.

Adaptação

A filha de Moacir Alberto Eisermann e Louvane Neumann Eisermann cita que as principais diferenças percebidas entre um país e outro são os hábitos alimentares. “A alimentação é uma das coisas que eu mais sinto falta, porque é muito diferente. Vou sentir saudades da bolacha de Natal da minha avó Anita Eisermann, pois aqui não tem isso”, observa.

Apesar dos desafios iniciais, Ketlin afirma que a adaptação foi mais difícil apenas nos dois primeiros meses. “Hoje está bem tranquilo. Sinto saudade da minha família, mas já estou adaptada à rotina. Sinto falta de tomar chimarrão em família, com mais pessoas. Até consigo tomar aqui, mas sempre sozinha. A cuia passando pela casa e unindo todo mundo tem outro sentimento”, considera.

Durante esse período, também construiu uma rede de amizades com outras intercambistas, incluindo brasileiras de diferentes estados e amigas da Argentina e da Venezuela. “A gente cria um network muito grande, conhece pessoas de vários lugares”, destaca. A experiência também tem sido marcada pelas viagens. Ketlin já conheceu diversas praias de San Diego e visitou cidades como Los Angeles, Chicago, Nova Iorque, Boston e Washington.

Júlia Brandenburg

Repórter

Com foco na agricultura e no interior, também atua em pautas gerais, sempre com um olhar atento para a apuração dos fatos

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