A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) já executou 41% dos trabalhos previstos em relação ao sistema de esgotamento sanitário de Venâncio Aires. Por meio de três contratos com diferentes empresas (Encosan, Arcol e Compasan), a estatal terá investido quase R$ 20 milhões na Capital do Chimarrão quando as obras da rede forem concluídas, afirma o engenheiro civil Odinei Portella, responsável pelo Departamento de Obras da Região Central da Corsan.
Iniciadas em janeiro de 2019, as obras tinham previsão de conclusão, inicialmente, para maio de 2021. Contudo, de acordo com Portella, o prazo deve ser estendido em razão de problemas causados pela pandemia de coronavírus. A Corsan espera um pouco mais de avanço para fazer o recálculo do tempo que será necessário para concluir as redes coletoras e ramais prediais de bacias, estação elevatória de esgoto e linhas de recalque para a implementação e ampliação do sistema.
Levando em conta os três contratos da Corsan em andamento, a maior parte das obras ficará concentrada nos bairros Gressler, Aviação, Cidade Alta, Cidade Nova e Centro. No momento, as equipes operam nas três primeiras regiões citadas. “Tivemos alguns impeditivos que afetaram a realização dos trabalhos, em especial a pandemia de coronavírus. É provável que o prazo seja estendido, mas não em muito tempo. Precisamos aguardar para termos uma informação mais exata em relação ao cronograma”, diz Portella.
Ambientes naturais
Conforme o engenheiro civil, a implementação do sistema de coleta e tratamento de esgoto tem como finalidade evitar a transmissão de doenças e a consequente contaminação das pessoas. “Além disso, é fundamental tratar o esgoto para conservar os ambientes naturais, pois o despejo de esgoto nos mananciais hídricos provoca poluição e morte de peixes, bem como de outros seres aquáticos”, destaca ele, acrescentando que a destinação incorreta do esgoto é uma das principais causas da poluição do solo, de águas subterrâneas e superficiais e de cursos d’água.
Também não há exatidão, ainda, sobre o início do funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Morsch. A intenção é de que ela opere ainda este ano. A ETE foi inaugurada em agosto de 2017. O comprimento do emissário por recalque, uma tubulação de descarga da estação elevatória é 325 metros.
“A implantação do sistema de esgotamento sanitário melhora a qualidade de vida das pessoas. Além disso, eleva a autoestima da comunidade, valoriza os imóveis e traz benefícios para a saúde pública e o meio ambiente”.
ODINEI PORTELLA – Engenheiro civil
Contratos
Encosan
- Valor total: R$ 13.748.067,12
- Executado: R$ 7.958.166,77
Arcol Engenharia
- Valor total: R$ 2.500.496,94
- Executado: R$ 2.048.492,09
Compasan
- Valor total: R$ 3.344.616,38
- Executado: R$ 1.255.951,06
Redes coletoras
- Bacia 1: Com extensão de 6.579 metros, tem 5.823 metros concluídos, um percentual de 88,5%.
- Bacia 2: Com extensão de 19.602 metros, tem 5.524 metros concluídos, um percentual de 28,18%.
- Bacia 3: Com extensão de 17.277 metros, tem 6.668,5 metros concluídos, um percentual de 38,5%.
Ramais
- Em relação aos ramais, já foram realizadas 3.972 ligações.
- Para a bacia 1 estavam previstas, inicialmente, 500 ligações, mas o total chegou a 587.
- A bacia 2 tem previsão de 1.470 ligações e, até o momento, 497 foram executadas.
- Para a bacia 3 são projetadas 1.322 ligações e, segundo a Corsan, 731 foram concluídas até o momento.