
O Dia de Finados, celebrado neste sábado, 2, é marcado por visitas a cemitérios, lembranças, orações e homenagens aos familiares e amigos falecidos. Na Igreja Católica, o Dia de Todos os Santos é lembrado em 1º de novembro, momento que homenageia tanto os santos oficialmente canonizados quanto aqueles que, embora não canonizados, são considerados dignos por suas ações e virtudes.
Conforme o pároco Roque Hammes, da Paróquia São Sebastião Mártir, a origem do feriado de Finados tem uma relação direta com o Dia de Todos os Santos. Segundo ele, a Igreja Católica entende que todos aqueles que vão morar no céu também se tornam santos, por isso foi criado uma data para lembrar das pessoas falecidas. “Há algum tempo, o feriado era celebrado no Dia de Todos os Santos, 1º de novembro, momento destinado a lembrar de todos os santos. Depois de algum tempo, o feriado passou para o dia 2, para orar e homenagear as pessoas falecidas”, lembra.
Na Igreja Católica, também são realizadas as missas de 7º dia de falecimento, com o intuito de recordar a pessoa falecida. “É um momento importante para demonstrar a lembrança do ente querido que partiu. Essa tradição é antiga. O mesmo acontece com as celebrações no cemitério no Dia de Finados, onde, além de levar uma flor, orar e acender uma vela, também são realizadas missas como forma de lembrança e homenagem”, comenta Hammes.
Com relação ao tema, uma parte da história da Igreja Católica mudou em 1963, quando passou a permitir a cremação, desde que as cinzas sejam colocadas em um local digno. “A Igreja indica ter um local onde se possa visitar e rezar em memória. Ir ao local onde estão os restos mortais ou as cinzas dos entes queridos e poder acender uma vela ou depositar uma flor é importante para manter a memória dos falecidos”, explica o padre.
Há também as diversas vivências do luto, que se diferenciam em algumas situações. Algumas fases são mais difíceis e dolorosas, como nos casos de suicídios, feminicídios, assassinatos, acidentes de trânsito, afogamentos e tragédias. “Uso o exemplo da tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, e, recentemente, o acidente dos jovens canoístas. Nesses casos, não houve preparo anterior. As tragédias que envolvem jovens costumam ser mais dolorosas”, ressalta.
O futuro da tradição das visitações aos cemitérios é incerto, muito por conta da inserção da internet e das redes sociais na vida das pessoas. As lembranças não ficam apenas na mente ou em fotos impressas, como antigamente. “Com o avanço das tecnologias e a proximidade do celular com as pessoas, muitas memórias dos familiares falecidos estão armazenadas nas redes sociais, na internet e em fotos nas galerias. Os costumes vão mudando ao longo dos anos, mas também é notável a diminuição no número de pessoas que visitam o cemitério e têm a tradição de levar flores”, analisa.

“Quanto mais amada é a pessoa, mas dolorida se torna a sua perda, porque a dor que se sente é proporcional ao amor.”
ROQUE HAMMES
Pároco
Dia dos Mortos no México
Assim como no Brasil, o México também celebra o Dia dos Mortos no dia 2 de novembro. Diferente da tradição brasileira, para os mexicanos a morte é motivo de festa. Nessa data, eles enfeitam altares, cobrem as ruas de laranja com flores de calêndula e têm comida, bebida, música e caveiras. Realizam uma festa para homenagear a memória daqueles que faleceram. O ‘Día de los Muertos’ é a comemoração mais popular do país e tem origem indígena.
Indicação de filme: ‘Viva – A Vida é uma Festa’
Com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, o filme infantil com fantasia de 1h45m ressalta a importância de não permitir que aqueles que faleceram deixem de existir. Ele também resgata a importância de valores familiares, fala sobre perdas e ilustra o personagem Miguel formas de como celebrar a vida.
Celebrações da Paróquia São Sebastião Mártir
Sábado, 2 de novembro
• 8h15min – Cemitério dos Machado
• 8h30min – Cemitério Municipal;
• 8h30min – Cemitério de Linha 17 de Junho
• 8h30min – Cemitério Lourdes de Santa Emília
• 8h30min – Cemitério de Linha Tangerinas
• 9h – Cemitério Jardim da Paz
• 9h – Cemitério da Vila Rica
• 9h15min – Cemitério de Linha Olavo Bilac
• 9h15min – Cemitério São Judas Tadeu
• 9h15min – Cemitério Santa Teresinha – Bem Feita
• 10h – Cemitério de Linha Ponte Queimada
• 10h – Cemitério de Linha Hansel
• 10h30min – Cemitério nº 2 de Linha Hansel
• 16h – celebração na Com. Santa Bárbara – Vila Rica
Domingo, 3
10h – Missa na Comunidade São José da Travessa e, após, bênção do cemitério
Cultos da Paróquia Evangélica de Venâncio Aires
Sábado, 2
• 8h – Cemitério de Linha Arroio Grande
• 8h – Cemitério Municipal de Venâncio Aires
• 8h – Cemitério de Vila Terezinha
• 9h – Cemitério número 1 de Centro Linha Brasil
• 9h – Cemitério Schuck, em Sampaio Baixo, interior de Mato Leitão
• 9h – Cemitério Parque Jardim Bela Vista
• 10h – Cemitério de Linha Marechal Floriano
• 10h – Cemitério de Mato Leitão
• 16h – Cemitério de Linha Olavo Bilac
• 17h – Cemitério Linha Cecília
Domingo, 3
• 9h – Culto em Vale Verde