Uma moradora do Centro de Mato Leitão entregou, na segunda-feira, 25, na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, um pacote de sementes enviado do exterior. Conforme ela relatou no local, a encomenda chegou na sua casa pelos Correios, sem que ela tivesse feito alguma solicitação. Na embalagem, está descrito que o material foi enviado de Hong Kong, na China.
O extensionista rural do escritório da Emater em Mato Leitão, Rudinei Pinheiro Medeiros, explica que o procedimento feito pela mulher foi correto, uma vez que a orientação é que as pessoas que receberem esse tipo de encomenda procurem pela Inspetoria de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) mais próxima para entregá-la. A informação foi repassada pelo órgão estadual ainda em setembro de 2020, quando foram registrados os primeiros relatos de recebimento desse tipo de encomenda no Rio Grande do Sul.
Cuidado
De acordo com Medeiros, o alerta em relação ao recebimento das encomendas está relacionado ao risco do material conter fungos, bactérias ou plantas invasoras (daninhas) que podem causar prejuízos para as plantas e para o meio ambiente. “Somos um município agrícola, por isso precisamos ficar em alerta sobre isso”, destaca.
Ele ainda observa que em algumas ocasiões essas encomendas são enviadas junto com alguma compra on-line feita pela pessoa no exterior, mesmo que ela não tenha feito nenhuma solicitação ao destinatário que enviou o material. Em outros casos, entretanto, a encomenda chega sem que se tenha feito qualquer tipo de compra internacional.
O extensionista da Emater entregará a embalagem recebida pela moradora do município na unidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Lajeado. Segundo Medeiros, em Boqueirão do Leão uma situação parecida também aconteceu. Na cidade, uma floricultura recebeu dois pacotes com as sementes do exterior.
Pragas
Análises feitas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA-GO), referência em sanidade vegetal, em amostras desse tipo de pacote, indicam que parte do material estudado contém a presença de mais de uma praga em seu conteúdo. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no fim de novembro, após a análise de 36 amostras.
Orientações
• Não plantar, enterrar ou descartar o pacote ou conteúdo no solo ou no ambiente.
• Não violar os pacotes causando exposição do conteúdo ao ambiente.
• Não descartar em cursos d’água, no lixo, esgoto ou qualquer sistema de coleta de resíduos.
• Acondicionar os pacotes em saco plástico.
• Entregar na Inspetoria de Defesa Agropecuária da SEAPDR mais próxima. (Fonte: SEAPDR)