Ilse dos Santos participa do grupo de ginástica desde que foi criado, em julho de 2018. (Foto: Rosana Wessling/Folha do Mate)
Ilse dos Santos participa do grupo de ginástica desde que foi criado, em julho de 2018. (Foto: Rosana Wessling/Folha do Mate)

Depois de várias tentativas para reunir um grupo de mulheres para praticar atividade física, o projeto Ritmo e Saúde, da Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul – Paróquia São Martinho veio para ficar. A vontade de manter uma atividade física regularmente motivava um grupo de mulheres na localidade. Contudo, com a dificuldade de deslocamento de um profissional da área para propor aulas particulares às interessadas, os encontros não se mantiveram.

Para atender a demanda e promover o fortalecimento de vínculos entre as moradoras de Vila Palanque e comunidades vizinhas, em julho de 2018, o projeto foi criado pela responsável técnica Dianefer Berté Schwendler. Com isso, as mulheres que antes realizavam as aulas particulares apoiaram a iniciativa, que no decorrer dos meses, foi ganhando novas integrantes. “Antes de participar deste projeto, professores de Palanque Pequeno e Travessa vieram nos dar aulas particulares. Foram várias tentativas mas, o grupo não se manteve. Alguns não tiveram persistência e outros desistiram por causa da situação financeira”, observa Ilse Maria Wagner dos Santos, 60 anos, integrante do projeto de ginástica Ritmo e Saúde, desde que foi criado.

A moradora da comunidade de Vila Palanque afirma que várias mulheres aderiram à iniciativa. Atualmente, o projeto conta com 42 participantes, vindas de diferentes localidades que pertencem à Paróquia São Martinho. A grande maioria das integrantes pertence a faixa etária dos 50 anos, mas a equipe também conta com a participação de jovens. “Formamos uma turma muito boa, que se reúne duas vezes por semana para praticar exercícios físicos e interagir. O grupo é formado só por mulheres e isso é muito bom, porque geralmente as moradoras colônia são mais envergonhadas e, desta forma, ficam mais à vontade”, explica a integrante.

Bem-estar

Desde que entrou no grupo, Ilse percebe os benefícios das atividades físicas para o dia a dia. “Durante os encontros, conhecemos gente nova, interagimos com outras pessoas e melhoramos a nossa autoestima. Além disso, os exercícios proporcionam mais elasticidade ao corpo, disposição no trabalho e um incentivo para não ficarmos paradas”, avalia colaboradora do Mercado Palanque de Alimentos.

Segundo ela, o incentivo do grupo também é importante para que os encontros tenham continuidade. “Nunca tiro tempo para fazer exercícios físicos em outro lugar. Por meio do projeto de ginástica, consigo estar sempre em atividade”, afirma.

Atualmente, o projeto de ginástica Ritmo e Saúde conta com 42 integrantes. (Foto: Divulgação)
Atualmente, o projeto de ginástica Ritmo e Saúde conta com 42 integrantes. (Foto: Divulgação)

Ritmo e Saúde

  1. O projeto de ginástica Ritmo e Saúde, da Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul – Paróquia São Martinho é voltado para idosos e adultos, acima de 18 anos. As atividades são realizadas no ginásio da Paróquia São Martinho, duas vezes por semana, nas segundas e quintas-feiras, das 19h às 20h.
  2. Atualmente, o grupo formado por 42 mulheres realiza exercícios de alongamento, atividades adaptadas com cabo de vassoura e exercícios físicos em geral. “Costumamos levar colchonetes e cobertores para fazer os alongamentos”, explica Ilse. Para atender a demanda e as necessidades do grupo, o responsável pela entidade, Padre Carlos André Muller decidiu inscrever o projeto Ritmo e Saúde, no Fundo Social Sicredi. Com isso, a entidade foi contemplada com o valor de R$ 1.856,00, para a aquisição de acessórios que serão utilizados para a prática de exercícios físicos.
  3. Segundo a ex-funcionária da Paróquia São Martinho e integrante do grupo, Marione Inês Reis, o valor adquirido pelo Fundo Social será investido na compra de material próprio para ginástica, por exemplo, para aquisição de colchonetes e elásticos para a prática das atividades em grupo.
  4. Desde o início da pandemia, as mulheres não se reúnem para praticar as atividades físicas. “As pessoas já estão me ligando para saber quando iremos retornar às atividades. Elas já estão com saudade de voltar”, observa Marione.