O promotor Pedro Rui da Fontoura Porto quer ver solucionado com a maior brevidade possível, os problemas enfrentados diariamente pelos usuários da RSC-287. Esta semana ele andou pela rodovia e constatou que a pavimentação está em péssimas condições, principalmente entre os quilômetros 70 e 73, na localidade de Vila Estância Nova. Por isso, agendou uma audiência com a direção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
O titular da primeira promotoria de justiça tomou esta decisão depois de percorrer parte do trajeto, entre o trevo de acesso à cidade e a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). “Fui até a entrada da Peva e especialmente entre os quilômetros 70 a 73, vi que a estrada está em mau estado de conservação, com deformações no leito trafegável, que produzem elevadas ondulações”, disse.
De acordo com o promotor, “estas deformidades na rodovia fazem com que os carros desviem, voluntária ou até involuntariamente, das ondulações situadas nas laterais da pista, facilitando o choque frontal com outros veículos que andam em sentido oposto”.
Pedro Porto ressalta que houve recapeamento de uma primeira parte da rodovia, mas e
Ele entende que o serviço deve estender-se até mais adiante. “E para ser mais rápido, marquei audiência com a EGR para o dia 11 de fevereiro, às 14h, por videoconferência, a fim de buscar informação concreta sobre o conserto daquela parte da pista”.
Uma vergonha
Residindo às margens da RSC-287, no trecho que é considerado o pior entre a sede do município e Vila Mariante, o aposentado Luiz Kunzler, 54 anos, espera que a EGR tome providências o mais rápido possível. “Isso é uma vergonha. Somos obrigados a pagar pedágio, mas a concessionária não tem a obrigação de manter as estradas em condições”, desabafa.
O aposentado disse que muitos veículos sofreram avarias após passarem sobre as ondulações, principalmente na lateral da via. Mas o que ele mais teme são os acidentes, que podem ser fatais. No domingo, 31 de janeiro, um motociclista de 35 anos perdeu a vida em uma colisão, no km 66 da rodovia. As circunstâncias do acidente são apuradas.
Para dar uma dimensão do tamanho das ondulações, Luiz usou uma ripa de madeira e uma garrafa pet de dois litros. Ele colocou a pet verticalmente, sobre o asfalto, e posicionou a ripa no alto da ondulação. E o resultado foi que a ondulação é quase da altura de uma pet de dois litros, que tem 34,5 centímetros.
A esposa de Luiz também presenciou acidentes e congestionamentos. Dona de casa, Lisane Kunzler, 57 anos, menciona que as ondulações no asfalto são um perigo e teme que acidentes graves acontecerão se nada for feito com urgência. “Todo dia escuto quando a lataria dos carros raspa nas ondulações do asfalto. É muito perigoso”, reforça.