Nilo Parckert, 71 anos, é aposentado e conhecido na região do 3º Distrito de Venâncio Aires, Vila Deodoro. Morador de Linha Cachoeira a vida toda, tem um comércio há 53 anos na localidade, junto com a esposa Neri Teresinha Parckert, 70 anos.
Eles são referência e lideranças na região serrada do município, devido à participação comunitária e pelo estabelecimento comercial. “Aqui todo mundo sempre é atendido, não importa a hora, é o comércio mais próximo para a maioria, principalmente para compras rápidas.”
No local, que é um ponto dos Correios, muitos moradores também retiram correspondências e as contas de energia elétrica e de água. “Conhecemos todo mundo e vamos fazendo parte da vida das pessoas”, afirma dona Neri.
O aposentado destaca a preocupação com a localidade, já que as pessoas mais velhas já faleceram e os filhos não permaneceram em Linha Cachoeira, o que tem levado a uma redução da população. “A cidade aumenta e aqui falta assistência”, considera. Um sonho que Parckert admite ter para a localidade, mas que reconhece ser muito distante, é o asfaltamento da região.
Família
Nilo e Neri Parckert tiveram quatro filhos: Marlene, Marceli, Volnei e Carla, que segue ajudando no cuidado do comércio e da lavoura da família. Juntos, eles têm sete netos e um bisneto.
“Sou fã do jornal”
A família Parckert é assinante do Jornal Folha do Mate há mais de 40 anos e isso permitiu que acompanhasse muitas das evoluções, principalmente do sistema de entrega do jornal.
Parckert conta que, inicialmente, o jornal chegava na localidade com o ônibus de linha, no fim do dia. O transporte deixava diversos exemplares em uma única residência, e os assinantes se deslocavam até o local para buscar o seu jornal. Ele inclusive destaca que isso causava, por vezes, alguns problemas na entrega, e isso o fez cancelar a assinatura por um período de tempo, mas que não durou muito. “O jornal é um vício pra mim, gosto bastante, e tem que ser em papel”, completa.
Entre as editorias que mais acompanha estão as de política, principalmente as colunas de Sérgio Klafke e Carlos Dickow. “Sou fã do jornal”, afirma, ao elogiar, também, a entrega realizada em casa.
Parckert trabalhou por 50 anos como orientador agrícola de tabacaleiras. Hoje, é pelas páginas do impresso que ele se informa sobre o que acontece na área urbana, no 1º Distrito de Venâncio Aires. “Às vezes fico meses sem ir até o Centro de Venâncio”, afirma ele. Apesar de a localidade onde a família Parckert reside pertencer a Venâncio Aires, eles utilizam principalmente os serviços na região serrana, como Boqueirão do Leão e Sério. Com relação a atendimentos de saúde, vai até Monte Alverne, interior de Santa Cruz do Sul.