São constantes as reclamações de usuários que transitam pela RSC-287, principalmente no trecho que passa por Venâncio Aires. Com cobranças feitas diariamente, os reparos na rodovia são cada vez mais exigidos.
A assessoria de imprensa da concessionária Rota de Santa Maria, responsável pela praça de pedágio de Vila Arlindo, em Venâncio Aires e, consequentemente, pela manutenção da rodovia, afirma que há quatro frentes de trabalho em atuação, sendo três lineares e uma volante. Uma linear iniciou em outubro, em Santa Maria, executando os serviços para atendimento de parâmetros previstos nos trabalhos iniciais, e vem atuando no sentido a Santa Cruz do Sul. Atualmente, está próximo de Restinga Seca.
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A segunda iniciou neste mês, em Tabaí, e está vindo em direção a Venâncio Aires. Já a terceira frente de trabalho inicia também neste mês, na região de Santa Cruz do Sul com sentido a Tabaí. A frente volante está atuando de forma pontual, ou seja, em serviços emergenciais ao longo de toda a rodovia, sanando deformações, trincas e buracos. Essas equipes devem, além de sanar os buracos e ondulações que têm gerado reclamações de usuários, garantir os parâmetros para pavimentação de forma antecipada.
A empresa observa que reparos estão sendo tratados deste outubro de 2021, com início no trecho de Santa Maria, apontado como o mais crítico. “Uma frente volante atua ao longo de toda a rodovia em reparos pontuais e está sendo mobilizada para a região de Venâncio Aires nos próximos dias, para sanar as deformações e anomalias que surgiram no pavimento de forma inesperada”, informou a assessoria de imprensa da concessionária. Em março, a frente linear deve atingir Venâncio Aires, momento em que a Rota de Santa Maria espera realizar uma intervenção robusta na região. A partir do segundo ano da concessão, inicia a fase de recuperação da rodovia, quando problemas estruturais da base serão sanados.
Serviços
1 Reparos menores também já passaram ou devem chegar a Venâncio nos próximos meses.
2 Os serviços de supressão vegetal ocorreram na região de ampliação da praça de Venâncio Aires em janeiro. No planejamento da concessionária, no mês de março devem ocorrer a terraplanagem e demais etapas da ampliação.
3 A limpeza e hidrojateamento do sistema de drenagem profunda (bueiros) já foi feita em toda a região de Venâncio e, atualmente, está sendo realizada a limpeza dos sistemas superficiais (sarjetas e valetas). Os serviços devem ser finalizados na região em março.
4 A implantação de cercas de delimitação da faixa de domínio à frente está atualmente em Tabaí e deve atingir a região de Venâncio Aires em junho.
5 Os serviços de roçada e capina já foram feitos em toda a RSC-287 em outubro de 2021. Contudo, para manter os parâmetros exigidos contratualmente, são mantidos pelas equipes em ciclos de cerca de 20 dias, sempre priorizando as interseções.
6 A frente de poda está atualmente em Santa Maria e chegará à região de Venâncio Aires ainda em fevereiro.
Ministério Público cobra melhorias
O promotor de Justiça de Venâncio Aires, Pedro Rui da Fontoura Porto, afirma transitar com frequência na rodovia RSC-287 e comenta que sempre houve problemas com o estado da rodovia, mas que o nível piorou a partir do ano passado. “Depois que a 287 foi privatizada se esperou um pouco a empresa tomar nota de tudo, mas agora está na hora de fazer alguma coisa.” Porto salienta que a empresa já considerou o calor exagerado como um fator para as ondulações da pista, que se tornam um perigo para veículos menores, como carros e motocicletas.
O Ministério Público instaurou um expediente, que ainda não é uma ação judicial, para investigar a situação e ter uma conversa mais formal com a concessionária. “É uma notificação, a própria empresa apresenta um documento, assinado por responsável, onde eles mesmos vão identificar os pontos mais críticos e dar uma ideia de prazo para resolução.”
Porto diz que em caso de danos materiais pelas condições da rodovia, os usuários devem fazer contato com a empresa através de um canal de atendimento, e é importante que tenham laudos mecânicos e fotos que comprovem o dano.
Caso a empresa não cumpra com as ações efetivas que promete, uma alternativa e solução mais drástica, segundo o promotor, é levantar as cancelas. “É um contrato, o usuário tem que receber o serviço que paga para ter.”
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