São frequentes os relatos de animais soltos, principalmente cavalos, em rodovias que cruzam pelo município e consequências perigosas estão sujeitas a acontecer em função disso. Setores da administração municipal e demais órgãos públicos tem trabalhado para reduzir essas situações que colocam em risco o bem estar do animal e a segurança das pessoas.
A fiscalização ambiental da secretaria informa que ao ser constatado o risco que o animal pode oferecer estando solto ou até sofrendo por maus-tratos, ele é recolhido por um órgão competente e levado para um local no interior, cedido pela Prefeitura. Lá todos são microchipados e recebem os cuidados necessários, como medicamentos e alimentação. Os custos para manter os animais são da secretaria, além da compra de medicamentos básicos usados pelo veterinário da pasta para realizar atendimentos.
Alguns cavalos são recuperados por seus tutores, que vão até o local buscá-los, e os que ficam são avaliados para serem doados. No momento, não há cavalos para a fila de adoção, no entanto, pessoas interessadas podem realizar uma cadastro prévio na secretaria. A fiscalização ambiental destaca que esse animais adotados só podem ser levados para uma área rural e não podem ser usados para força de trabalho pelo novo tutor, o chamado fiel depositário.
Já nos casos mais graves de saúde do animal, a ONG Amigo Bicho é a principal parceira da secretaria para atender os cavalos necessitados. A assessora administrativa da pasta, Alessandra Ludwig, enfatiza que empresas que desejam realizar doações para ajudar na causa devem procurar a ONG.
Uma das fiscais ambientais que atua nessa ação, reforça a responsabilidade que os tutores de cavalos tem sobre os animais e que ao pegá-los de volta, as despesas com o recolhimento são repassadas aos responsáveis. “A irresponsabilidade de um tutor, pode acabar causando um acidente e até mortes”, comenta. No momento está sendo feito um trabalho de buscas para identificar os cavalos e os respectivos donos do município para registro de informações sobre o animal, como cor da pelagem e tamanho. Ainda, deverá ser criado na secretaria um departamento de bem-estar animal.
Conforme Alessandra, esse problema já acontece há muitos anos no município e a busca por soluções dificulta em razão de se tratar de um animal de grande porte, além de problemas que envolvem os tutores de cada animal, chamados de ‘briqueiros’. Ela lembra que a secretaria disponibiliza um carretão que adquiriu através do Fundo Municipal do Meio Ambiente que facilita o transporte dos animais e pode ser usado por todos os órgãos que auxiliam nos recolhimentos. “Aos poucos, vamos organizando as demandas”, afirma. O secretário de Meio Ambiente, Nelsoir Battisti, destaca que os locais com mais ocorrências de animais soltos são nas imediações da empresa Brasfumo, e às margens da RSC-453.
Centro de Bem-Estar Animal
Venâncio Aires contará com um Centro de Bem-Estar Animal, um local de abrigo para animais de grande porte como cavalos e também para cachorros e gatos abandonados. As obras ainda não foram iniciadas, mas o processo de licitação está em andamento. O desejo é que sejam feitos bretes nesse local para deixar os cavalos que são recolhidos. O valor estimado para a construção do local de 163 metros quadrados é de R$ 378.497,44. A fonte principal dos recursos é uma emenda parlamentar do deputado federal Heitor Schuch (PSB) e no momento são buscadas mais emendas parlamentares para completar a realização da obra. O prazo para execução será de 240 dias, após o início da construção.
Reunião
O secretário da pasta, Nelsoir Battisti, relata que assim que for possível, devido à pandemia, todos os órgãos competentes pelo serviço de recolhimento dos animais se reunirão para firmar as responsabilidades de cada departamento nesta ação.
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