Terceira idade vive a expectativa pela volta dos bailinhos

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Por Rosana Wessling e Luana Schweikart

Desde o início da pandemia de coronavírus, as comunidades e salões de festas estão vazios e silenciosos. Os idosos que participam de grupos da terceira idade aguardam ansiosos pelo retorno das programações. A expectativa aumentou ainda mais entre os adeptos dos bailinhos quando o Gabinete da Primeira-Dama divulgou uma reunião para analisar o retorno e de que forma poderá ser feito com segurança.

Uma reunião – a primeira desde a paralisação das festas da terceira idade -, está agendada para quarta-feira, 29, às 13h30min, na sala de reuniões da Prefeitura. Conforme a primeira-dama, Janete da Rosa, o momento será de alinhamento e conversa sobre a possibilidade do retorno das festas dos grupos da terceira idade. “A tarde será usada para vermos tudo que pode ou não ser feito e sabermos também a opinião dos grupos”, afirma. Todos os grupos estão convidados a estarem presentes com um ou dois representantes.

Sapatos na caixa

Os ‘sapatos de festa’ ainda estão na caixa, desde fevereiro de 2020, quando foram usados para ir na festa em Vila Deodoro, mas nos próximos dias eles poderão ser lustrados na casa da Erica, 78 anos, e Odilo Parkert, 84 anos, em Linha Brasil. Erica é presidente do Grupo Reviver, que foi fundado em 1998 e, desde a época, sempre esteve na diretoria do grupo da melhor idade. A aposentada se organiza para participar da reunião. “A gente está preparado para ir lá, conversar e ver o que será proposto”, comenta.

Às vésperas da data da festa da comunidade, que sempre ocorria no primeiro sábado de outubro, Erica diz ter os “pés no chão”. “Seria o mês da nossa festa, mas acredito que nessa primeira reunião será um momento de discutir os protocolos e definir um calendário para o próximo ano”, pontua. A moradora do 5º distrito acredita que o retorno do roteiro do grupo da melhor idade deve apenas ocorrer a partir de janeiro. “Vamos na reunião para discutir as regras”, menciona a presidente do grupo.

Erica frisa que as reuniões são importantes para definir as melhores regras e receber uma orientação. “Eu sou da opinião que precisamos esperar o melhor momento possível para voltar. Precisamos ir com calma”, alerta. Mas, ao mesmo tempo, a saudade é grande e, para isso, o casal tem emoldurada uma foto do grupo, tirada em 2018, quando completaram bodas de porcelana. “Dá uma saudade, a gente não vê a hora de se reunir, mas que seja quando for possível e seguro”, salienta.

A cautela está atrelada aos ensinamentos da pandemia, pois segundo a aposentada, é necessário paciência e aprender a se ocupar com outras coisas. O casal conta que passou a jogar carta entre eles, se envolver com tarefas domésticas, horta e principalmente momentos de lazer. “Passei a me dedicar ainda mais à leitura, gosto de ler livros, jornais e revistas, isso tem me ajudado muito, pois a pandemia afetou nossa disposição física e mental, converso com amigos e todos se queixam, e sem dúvidas a retomada dos bailinhos será importante”, destaca Erica.

A presidente do grupo de Linha Brasil projeta uma reunião com o grupo para passar as orientações e regras encaminhadas na reunião. “Se as festas voltarem apenas no ano que vem, a gente faz um encontro em dezembro para repassar todas as dicas”, salienta.

  • 24 é o número de grupos de terceira idade em Venâncio Aires. Todos confirmaram presença na reunião.

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