Eduarda, Ericke, Astéria e Cristiano cultivam as tradições natalinas em família (Foto: Arquivo Pessoal)
Eduarda, Ericke, Astéria e Cristiano cultivam as tradições natalinas em família (Foto: Arquivo Pessoal)

Venâncio Aires - A tradição natalina segue viva na família Brixius, de Linha Monte Alverne, no interior de Santa Cruz do Sul. A acadêmica de Medicina Veterinária na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Eduarda Cristina Brixius, 19 anos, conta que o presépio vai muito além da decoração, mas que também é símbolo de fé, união e memória afetiva. Montado há gerações, ele é uma tradição repassada entre avós, pais e filhos, e reforça o significado do Natal.

Ela relembra que aprendeu desde cedo com a mãe Astéria, que sempre gostou de montar o cenário.“Ela me ensinou como montar, como deixar o papel engomadinho para fazer os ‘cerrinhos’, tudo bem artesanal”, relata.

O cenário ainda ganha luzes, grutinha e detalhes que remetem ao nascimento de Cristo.

A montagem envolve toda a família e utiliza o que há disponível em casa. Eduarda é irmã de Ericke Eduardo Brixius, de 12 anos. Os pais Cristiano Roberto Brixius de 46, e Astéria Maria Brixius, 49, são produtores de vacas leiteiras.

Usamos bichinhos, flores, pedras, serragem, barba-de-pau, entre outros. A gente pega tudo que tem em casa e coloca no presépio. Tudo isso traz uma simbolização de união, de família, de aconchego, destaca Eduarda.

Após a recente perda da avó, Noeli Brixius, a tradição permanece como forma de homenagem, visto que ela também gostava muito do Natal. “Por mais que a gente esteja vivendo um momento de luto, não dá pra esquecer da simbologia do Natal. É tempo de se reunir, de ter abraço, amor, acolhimento”, afirma.

Na divisão das tarefas, cada um contribui à sua maneira. Enquanto a mãe fica responsável pelas partes mais delicadas da montagem, Eduarda cuida da organização estética do presépio. Já a árvore de Natal é montada em conjunto.

Astéria, mãe de Eduarda, reforça que o costume vem de longe. “Eu aprendi a fazer o presépio com minhas avós, tanto materna quanto paterna. Cada uma ensinava de um jeito”, recorda. Segundo ela, o presépio da família foi comprado pelos pais quando ela ainda era criança, substituindo um ainda mais antigo. “Depois, eu comecei a fazer e passei para a Eduarda. Assim a gente vai passando de um para o outro, trocando ideias, fazendo juntos todo ano”.

Júlia Brandenburg

Repórter

Com foco na agricultura e no interior, também atua em pautas gerais, sempre com um olhar atento para a apuração dos fatos

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