Morador da China há 6 anos, o venâncio-airense Tiago Debald, 28 anos, está com a viagem de retorno para o país asiático programada para a próxima terça-feira, 28. No entanto, os dias de férias na terra natal serão estendidos em razão do recente aparecimento de casos de doença respiratória causada pelo coronavírus no Oriente.
“Estou tentando trocar a passagem para mais para frente porque, em contato com amigos, tanto chineses quanto estrangeiros, todos me aconselharam a não ir para lá (China) agora, a não ser que eu realmente precise”, relata. A orientação do seu trabalho também é para que retorne mais tarde. “Minha ideia é ir entre os dias 7 e 8 de fevereiro. Vou monitorar a situação e ver o que vai acontecer até lá”, afirma.
De acordo ele, este é o período em que ocorrem as festividades do Ano Novo chinês e a tendência é que a situação se agrave, porque as pessoas estarão em processo de migração. “Para muitos chineses, esse é o único período do ano que eles conseguem ver a família. São cerca de duas semanas em que o país para. O comentário, e na teoria deve acontecer, é que essa transmissão deve passar para outras partes do país que até então não estavam infectadas”, menciona.
Na cidade onde o venâncio-airense mora, Dalian, não aconteceram mortes, mas há registros de casos de coronavírus que estão sendo tratados. Segundo Debald, que trabalha como tradutor e intérprete na China, os relatos de amigos que estão no país demonstram que eles estão cientes da gravidade da situação. “Eles estão tomando precauções, como, por exemplo, sair de casa o mínimo possível, guardar mantimentos – comida e água –, utilizar máscaras e gel e ingerir muito líquido. Não percebi pânico neles”, compartilha.
Entretanto, na cidade de Wuhan, onde foi registrado o maior número de mortes por causa da doença, a situação é um pouco diferente. “Tenho um amigo lá e ele disse que nem está saindo de casa. Foi no mercado e comprou muita comida e muita água para deixar estocada, porque não se sabe por quanto tempo a cidade vai ficar fechada”, conta.
Conforme emissora pública de televisão de Portugal RTP, as autoridades chinesas consideram que a China está no ponto mais crítico e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades: Wuhan, Huanggang e Ezhou. Além disso, para tentar travar a propagação do coronavírus, cancelaram as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.
CUIDADOS
• Lave as mãos frequentemente com água e sabão. Se não tiver água e sabão, use álcool gel.
• Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Descarte o lenço no lixo e lave as mãos.
• Evite aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados.
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
• Procure o serviço de saúde mais próximo.
Fonte: Anvisa
HOSPITAL
A região metropolitana de Wuhan, na China, ganhará um hospital para acolher pacientes infectados com coronavírus. O edifício tem abertura prevista para 3 de fevereiro. A medida foi tomada após o número de casos de contágio ter aumentado na cidade onde surgiu a epidemia. Atualmente, as pessoas diagnosticadas com o coronavírus estão sendo tratadas em diversos hospitais e clínicas em Wuhan.
Fonte: emissora pública de televisão de Portugal RTP
