Mesmo antes de os casos de coronavírus serem notificados no Brasil, o assunto já era notícia na Folha do Mate. Para falar sobre a pandemia que teve início na China, o jornal contatou o venâncio-airense Mauro Hart, piloto que trabalha e vive na cidade de Wuhan há cinco anos, local onde foram notificados os primeiros casos de Covid-19.
A primeira matéria foi publicada no dia 4 de fevereiro, quando Hart deu um relato sobre o dia a dia na cidade chinesa, que estava em total isolamento. “Foi tudo muito rápido e desconhecido, dava medo de sair na rua por não saber como era a contaminação. Mas a cidade toda cumpriu à risca o isolamento, fechou tudo. Ficaram só supermercados, começaram a faltar produtos”, relata.
Dias depois, ele retornou para o Brasil com outros brasileiros em um vôo de repatriados da Força Aérea Brasileira (FAB). Todos os ocupantes ficaram 15 dias isolados em Anápolis, Minas Gerais, na base da FAB. “Fomos muito bem tratados pela FAB e fizemos três testes PCR para garantir que nenhum estava com o vírus”, completa.
No dia seguinte ao que Hart foi liberado da quarentena em Anápolis, foi confirmado o primeiro caso no Brasil, de uma pessoa vinda da Itália. “Depois disso, veio o Carnaval, não eram tomados os cuidados e o vírus se alastrou.”
Atualmente, Hart está em Natal, onde tem residência fixa com a família. “Me mantenho semi-isolado. Estou em casa e saio somente quando é muito necessário”, afirma.
Passados mais de sete meses, ele ainda não retornou para Wuhan e para a rotina normal de trabalho. “Contamos com alguns empecilhos como o preço elevado das passagens e as exigências como o teste de Covid-19 válido por 72 horas”, explica. Segundo ele, como o tempo de viagem é longo e os voos nas cidades onde são feitas conexões não são diários, não há garantia de chegada em solo chinês em três dias. “É um risco ir e não dar tempo de chegar com o teste válido ainda”, diz.
Compromisso na cobertura jornalística e nas ações
O compromisso com a comunidade que a Folha do Mate defende vai muito além de noticiar fatos do município e microrregião. Durante a pandemia, em parceria com a Rádio Terra FM 105.1, a empresa liderou ações de conscientização.
Antes mesmo do início dos casos em Venâncio, a temática de prevenção já era presente. No dia 7 de março, circulou o Guia de Prevenção, conteúdo elaborado com base nas orientações do Ministério da Saúde para evitar o contágio e a disseminação do coronavírus e demais doenças infectocontagiosas.
Em abril, teve início a campanha Tá na cara quem se cuida, uma forma de incentivar a população sobre a importância do uso de máscaras, o que ainda não era obrigatório no município. Depois disso, foi lançada a campanha Local é legal, também em parceria com a Terra FM, para valorizar e incentivar os consumidores para a compra no comércio local.
A editora da Folha do Mate, Letícia Wacholz, reitera que a missão do jornal é informar e desenvolver com cidadania e, em um ano atípico e desafiador como 2020, em função da Covid-19, a atuação não seria diferente. “Entendendo que esse é um tema, no jornalismo, de utilidade pública, e para a gestão pública, de calamidade pública, lançamos iniciativas que pudessem auxiliar ainda mais a nossa audiência e engajá-la na luta contra o inimigo invisível.”
Além das campanhas já citadas, Letícia destaca o selo de checagem de informações Folha Confere. “Com as etiquetas fato ou fake, esclarecemos informações sobre o coronavírus. Essa foi e é uma forma de contribuir com o combate a uma outra pandemia, a desinformação”, completa.
A editora salienta que, sempre que possível, a equipe busca o depoimento de venâncio-airenses no município ou em outros lugares que podem falar sobre os fatos, como aconteceu com o piloto Mauro Hart. “Dando voz a ele, reforçamos o nosso compromisso editorial: repercutir as ações da nossa comunidade e da nossa gente, seja aqui ou onde estiverem. É nisso que o jornalismo local se diferencia”, enfatiza.
Ao longo dos meses, a Folha também abriu espaço para o tema do coronavírus e seus reflexos na saúde, economia e educação em Venâncio Aires e nos municípios vizinhos, em todas as edições.
