Os venâncio-airenses Julia Vian e Jonata Rodrigues realizam desde o dia 4 um ‘mochilão’ por várias cidades da Colômbia. A ideia do casal era finalizar os passeios até o dia 25 deste mês. No entanto, quando chegaram a cidade de Medellín, eles precisaram fazer uma pausa na viagem por causa da quarentena referente à pandemia do coronavírus. “Até o dia 15 estava tudo ocorrendo como o planejado. Escutávamos sobre o Covid-19, mas tudo continuava funcionando normal, como passeios, bares e restaurantes. Porém, quando viemos para Medellín, no dia 18, já no ônibus nos deparamos com situações diferentes”, relata Julia.
A empresária cita como exemplo a desinfetação do ônibus antes dos passageiros entrarem e na saída, registro por vídeo de todos os passageiros, lavagem das mãos obrigatória ao sair do ônibus e vistoria de malas que continham alimentos “Já ficamos preocupados e vimos que a situação estava piorando”, comenta. Segundo a jovem, quando chegaram ao hostel, que hoje é a ‘casa’ dela e de Jonata, as pessoas já comentavam que iniciaria uma quarentena no dia 19. “A partir deste dia foram só incertezas, dúvidas e o sentimento de não sabe como agir”, destaca.
De acordo com Julia, a Avianca [companhia aérea da Colômbia] cancelou o voo do casal e deu a eles um ticket para quando a situação normalizasse. “Entramos em contato com o Consulado Brasileiro e eles nos colocaram numa lista de repatriação”, complementa. Conforme Julia, em Medellín a quarentena é muito respeitada, com ruas vazias. “Eu e o Jonata só vamos no mercado. Agora só nos resta esperar, torcer para que tudo fique bem. Sabemos que o mundo todo está passando por isso. Então, estamos focando em ser grato por nós e nossa família estar bem”, ressalta.
Em relação à preparação, ela compartilha que os dois haviam se organizado apenas para pouco mais de 20 dias de viagem. “Tivemos que começar a usar o cartão de crédito com taxas altas porque todas casas dee câmbio estão fechadas e também precisamos ir atrás de medicação para o Jonata, que é diabético e, inclusive, está no grupo de risco”, observa Julia. Caso o Consulado Brasileiro não chame o casal antes, a data prevista de retorno dois para o Rio Grande do Sul é para depois de 22 de abril.
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