No último debate sobre a água realizada pela Comissão Hídrica da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires e transmitido em uma live, na noite de 9 de dezembro, o parlamentar Benildo Soares (Republicanos), o Bombeiro Soares, presidente da comissão, apresentou o esboço de uma ideia para conter os impactos causados pela estiagem no município. Trata-se da construção de um lago artificial, proposta apresentada por ele em 2012, e que fez parte do material de campanha de Nilson Lehmen como candidato à prefeito nas eleições daquele ano.
Porém, a preocupação é anterior a isso, já que enquanto atuou no Corpo de Bombeiros acompanhou de perto o drama vivenciado por muitas famílias devido à falta de água. “Levávamos água para muitas famílias que não tinham e isso ainda acontece, cada vez mais. É nosso papel garantir que tenha geração de água para abastecer a população”, diz.
A proposta de Soares é a construção de um lago artificial, em forma de cuia, em área próximo à estação de captação de água, no acesso Grão-Pará (antiga ETA). “Podemos fazer um grande lago, que além de abastecer a cidade toda, vai aproveitar a água que desce das regiões mais altas”, explica.
A intenção do vereador é avançar na discussão, para que a população ‘abrace’ a ideia e, assim, possam ser buscados recursos para viabilizar a obra. “Recurso tem, me disponho a ir a Brasília quantas vezes for necessário para apoio do Governo Federal. Mas precisamos desse apoio em nível de Município e Estado também”, completa.
O projeto contempla, além do lago artificial, uma estrutura de lazer para fomentar o turismo no lago. “Com isso, em pouco tempo o investimento vai se pagar”, argumenta. Conforme a proposta apresentada por Soares, o espaço deve contemplar também quadra de basquete, vôlei e futebol, pista de skate, praça de alimentação, brinquedos infantis e ilha de pesque e pague.
Junto ao assessor Robson Parabôa, Soares segue amadurecendo a ideia. O vereador deve assumir a presidência da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires e acredita que isso também vai beneficiar para que o projeto possa avançar. O próximo passo é promover uma audiência pública no Legislativo para tratar do assunto.
TRÂMITES
Soares salienta a importância de avançar na execução da proposta para que o lago possa ser viabilizado. O projeto apresentado por ele não contempla questões técnicas, ainda é necessário que todo o planejamento seja feito por profissionais da área de engenharia. Depois disso, é necessária a fase de desapropriação das áreas, feita de forma amigável ou judicial. “Tudo leva tempo, por isso precisamos começar. Mas, para isso, a Prefeitura e a população precisam ‘abraçar’ junto”, considera. Segundo ele, o apoio de empresários locais também é fundamental para dar seguimento.
“Precisamos planejar uma grande obra para daqui a 30 anos termos uma nova realidade. Temos que correr atrás agora para deixar esse legado e garantir o futuro da nossa população.”
BENILDO SOARES – Vereador e presidente da Comissão Crise Hídrica
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