Winfil: que fim levou?

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Foi notícia, em 2017, o investimento de cerca de R$4 milhões em Porto Alegre por parte da casa de jogos Winfil, em uma iniciativa de empresários de origem francesa. Juntando a parte do jogo ao entretenimento e à restauração, a Winfil pretendia trazer um novo modelo de negócio a Porto Alegre, ao Rio Grande do Sul e ao resto do Brasil. Afinal, a empresa já estaria registrando diversas filiais gaúchas e em outros estados.
Um estabelecimento de dimensões notáveis

A “casa-mãe” não era nenhum boteco ilegal procurando se esconder. Pelo contrário. Situado na avenida da Cavalhada, em Porto Alegre, tinha capacidade para 1500 pessoas, compreendendo estacionamento grátis para os usuários e um restaurante com 120 lugares. O planejamento previa cerca de 200 trabalhadores. Quanto a máquinas de jogo, seriam mais de 400, disponíveis durante todos os dias da semana.

A liberação estaria chegando…

Os empresários promotores das casas Winfil estariam confiantes na chegada próxima da liberação dos cassinos e jogos de azar. Tinha já diversas movimentações políticas nesse sentido, pelo menos desde 2014, quando foi lançado o projeto de lei 186/2014. Em diversos momentos, especialmente em 2017 mas também em 2018, se falou que a liberação estaria próxima. Entretanto, com a chegada de nova eleição presidencial, o assunto congelou.

Os empresários estariam persuadidos que a liberação estaria próxima por outro motivo: o fato de os jogos de azar terem virado algo mais natural e aceito na sociedade brasileira. Hoje em dia qualquer cidadão pode acessar plataformas de cassino licenciadas e pagando prêmios em dinheiro real; clique aqui e veja diversos exemplos. O jogo enquanto realidade lúdica, liberada e regulada, é uma realidade a nível internacional. Diversos meios, no Brasil, estão chegando a essa conclusão, como é o caso do Globo que mudou sua posição editorial sobre o assunto. Certamente que os promotores da Winfil sentiram que era chegado o momento.

…mas atrasou

Entretanto, não foi isso que aconteceu. Depois de várias visitas das autoridades, em setembro de 2018 foi determinado por ordem do tribunal o encerramento da Winfil. Pior do que isso, os proprietários foram impedidos de usar o espaço para qualquer outra atividade, mesmo não relacionada com jogos de azar. Segundo o Games Magazine Brasil, o promotor Cláudio Ari Melo explicou que a empresa havia continuado a funcionar mesmo depois de a Prefeitura ter cassado todos os alvarás, incluindo o de prevenção contra incêndios.

Batalhando na justiça

A última notícia vem de junho de 2019. De acordo com o Games Magazine Brasil, a Winfil apresentou uma “petição formal ao Ministro Luiz Fux (relator da RE 966177)” para que fosse autorizado o funcionamento de forma provisória. A empresa alegou o interesse geral não apenas da empresa mas também de seus funcionários, apontando prejuízos que obrigaram a despedimentos, e argumentaram que até uma decisão final deveria poder ser permitido o seu funcionamento. Entretanto, não se conhece até agora uma decisão positiva.

A esperança na mudança

Os empresários Winfil enfrentam, todavia, um novo risco. A prioridade à nível nacional parece estar focada no lançamento de cassinos resort de grandes dimensões, limitados entre uma e três licenças em cada estado. Com menos de 15 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul teria direito a apenas um cassino.
Eles estariam bem colocados para a corrida a essa licença única. Entretanto, a concorrência pelo direito de explorar o único cassino do Rio Grande do Sul seria bem forte.

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