O zelador Osvaldo Carlos Chaves, 62 anos, está incomodado com situações que presencia no Cemitério Municipal, de Venâncio Aires, onde trabalha há nove anos. A principal delas é que há pessoas usando um jazigo e uma gaveta, como ele refere, se fossem hotel.
No jazigo, que teve a porta de alumínio arrancada, Chaves garante que há dias em que quatro pessoas dormem. No local, além dos colchões, há roupas e calçados.
Próximo de lá, em uma gaveta ‘desocupada’, há peças de roupas e muitas sacolas plásticas. “Como é que ficam as pessoas que vêm visitar seus parentes e encontram isso aqui”, denuncia.
Chaves também revelou que as mesmas pessoas que usam o cemitério como ‘hotel’, tomavam banho, só de cuecas, nas torneiras. “Por isso tiramos as torneiras e só vamos recolocar agora, por causa do Dia de Finados, mas depois vamos retirar novamente, já que não adianta falar”, resume Chaves.
O zelador garante que já expôs os problemas aos responsáveis, mas nada foi feito. “Não estou reclamando, só quero que façam a coisa certa, pois isso fica muito feio para as pessoas que têm seus familiares aqui”.