Ginásio da escola Odila é interditado

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Um problema histórico com a umidade fez o ginásio da Escola Odila Rosa Scherer, do bairro União, chegar no seu limite. Com quase 20 anos e passando por algumas enchentes, o local foi interditado para práticas esportivas e recreativas nesta sexta-feira, 19.

Embora a questão seja de mais tempo, rachaduras e ondulações na madeira agravaram a situação do assoalho nos últimos anos. Os desníveis causados pela estrutura envergada em diversos trechos vinha gerando preocupação para alunos e usuários. Por isso, a Secretaria de Educação de Venâncio Aires, depois de uma vistoria do engenheiro Alexandre de Bortoli, decidiu pela interdição. “Nos últimos anos a escola vinha fazendo reparos, mas chegou num ponto que ficou sem condições. A parte debaixo da madeira está podre”, explicou Bortoli.

O engenheiro disse que a ideia é trocar o piso de madeira por uma quadra de concreto, a exemplo do que foi feito no ginásio da escola Benno Breunig, do bairro São Francisco Xavier. Sobre quanto tempo o ginásio do Odila ficará interditado, Alexandre de Bortoli diz que tudo depende do orçamento e do andamento dos trâmites burocráticos, como licitação. “No mínimo seis meses para tudo.” Pela conta, a obra deve ficar pronta só em 2020.

Quanto à utilização para outros eventos, a informação é de que ficará a critério da direção. O local também é usado para festas da comunidade católica e eventos da Emei Closs, por exemplo.

VALORES

A Secretaria de Educação diz que ainda não foi feito um orçamento, mas acredita que o custo para uma quadra de concreto se aproxime do que foi investido na Benno Breunig. No ginásio desta escola, foram R$ 65,324 mil.

Rachaduras e ondulações têm piorado nos últimos anos (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

“Não sei o que fazer”, diz diretora

A diretora da Odila, Márcia Hinterholz Hickmann, lamentou a situação. Segundo ela, a troca de todo piso já deveria ter sido feita há mais tempo. “Em 2018 foram cerca de R$ 5 mil com o conserto do assoalho.” Para manter a quadra, os recursos da Associação de Pais e Mestres (APM) vinham possibilitando reparos como algumas trocas de madeiras e pinturas.

Preocupada, Márcia afirma que não sabe o que fazer com os 380 alunos. “Sem recreios, sem aulas de educação física, sem horários à noite, sem escolinha de futsal. A única escola municipal que classifica três anos seguidos para Jergs [time infantil de vôlei], está sem ginásio para treinos.”

Conforme a diretora, são sete turmas de anos finais que ocupam para a educação física e 100 alunos no turno oposto. “O ginásio sempre usamos no recreio, para várias atividades. E quando chover, como vamos acomodar todos?”

As intersséries, previstas para a próxima terça-feira, 23, foram canceladas. Depois, serão cerca de duas semanas de férias. Nesse meio tempo, Márcia diz que o desafio será encontrar alternativas para as atividades esportivas e recreativas no segundo semestre.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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