O ano de 2018 é especial para a Philip Morris Brasil (PMB): a companhia comemora 45 anos de atuação no país, com uma história iniciada em Santa Cruz do Sul, em 1973, com a Companhia de Fumos Santa Cruz. Quatro décadas e meia depois, a unidade de Santa Cruz do Sul centraliza a fabricação de cigarros da empresa que é responsável por abastecer mais de 174 mil pontos de venda em todo o território nacional e também mercados externos.
A partir da iniciativa global da companhia de substituir progressivamente, a longo prazo, a comercialização de cigarros tradicionais, a companhia aposta no Iqos (lê-se aicós) como produto de risco reduzido voltado a adultos fumantes. O Iqos, produto de tabaco aquecido, já é comercializado em 42 países e consumido por mais de 5,8 milhões de pessoas.
A intenção é transformar a unidade brasileira em “dual”, o que contemplaria, além a produção do cigarro tradicional, o Iqos. Para a efetivação do projeto se aguarda a regulamentação dos cigarros eletrônicos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contudo ainda não existe perspectiva. Pela legislação atual, é proibido fabricar e comercializar no Brasil os novos produtos de tabaco, tanto os vaporizadores, quanto os de tabaco aquecido.
“Um futuro sem fumaça não significa um futuro sem tabaco”, comenta o novo presidente da PMB, Manuel Chinchilla. “Desejo que a regulamentação de hoje e a futura seja baseada em critérios científicos e não apenas em aspectos ideológicos. Que o órgão regulamentador deve ter um tempo para estudar algo novo é compreensível, mas o que não é aceitável é deixar de oferecer algo que menos nocivo à saúde apenas por querer proibir”, destacou o diretor de Assuntos Corporativos, Fernando Vieira.
PRODUTOR DE TABACO
Chinchilla ainda destacou, que mesmo com a aposta no novo segmento, o Brasil continuará ocupando posição de destaque dentro da operação global da Philip Morris International, em razão da operação existente e qualidade do tabaco produzido pelo país. Ao mesmo tempo comentou que para o produtor de tabaco, a curto e médio prazo, também não muda nada.
Atualmente a PMB possui o apoio direto de seis mil produtores de tabaco que possuem contrato de fornecimento assinado com a empresa. Além disso, a companhia emprega cerca de três mil pessoas em todo o Brasil, sendo que mais da metade no Rio Grande do Sul.
EMBALAGENS COM MENOS CIGARROS
Outro ponto positivo e que de certa forma irá beneficiar diretamente o setor de tabaco no que se refere ao aumento da exportação foi a aprovação recente na legislação, que permite a produção de embalagens com menos de 20 cigarros, destinadas exclusivamente ao mercado internacional. A meta é oferecer esse diferencial a partir do próximo ano. “São aspectos que têm o potencial de elevar a eficiência da fábrica”, diz Chinchilla.