Amanhã, 13, será dia de manifestação pública em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, com a participação de caravanas das 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, entre os quais o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). O objetivo é chamar a atenção da comunidade para a grave crise na qual elas dizem estar inseridas e, principalmente, cobrar do Estado repasses atrasados que alcançam mais de R$ 230 milhões, segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS.
Conforme a entidade sindical, as santas casas e hospitais filantrópicos integram a maior rede hospitalar do Estado, respondem por 73% dos atendimentos SUS, empregam mais de 65 mil trabalhadores e vem trabalhando, desde outubro do ano passado, com atrasos e cortes no seu orçamento. Repasses dos meses de outubro e novembro de 2014 ainda estão pendentes (R$ 132,6 milhões) e desde janeiro de 2015 não recebem verbas do co-financiamento estadual (R$ 25 milhões/mensais).
De acordo com Gilberto Gobbi, que atua como administrador do HSSM, cerca de 15 pessoas da instituição de saúde vão participar da manifestação na capital gaúcha. Em relação ao hospital, ele também destaca que, desde janeiro, não é feito o pagamento do Incentivo de Co-financiamento da Assistência Hospitalar (Ihosp), o qual representa cerca de R$113 mil ao mês. Além disso, cita outras pendências referentes ao ano de 2014.
REDUçãO DO SERVIçOS
Amanhã, durante a manifestação pública, deve ser apresentado ao governador José Ivo Sartori números com redução de serviços prestados por estas entidades, tendo em vista o corte efetuado pelo Governo do Estado. Segundo Gobbi, não está prevista a diminuição de leitos no HSSM. “Caso a manifestação não gere resultado, devemos tomar alguma medida para a adequação do hospital a essa realidade, mas ainda não estamos pensando em redução”, reforça.
Conforme Gobbi, o hospital já vem se adequando à situação. “Captamos recursos em bancos para não atrasar absolutamente nada e contamos com o bom senso do governo do Estado de voltar a nos pagar o mais rápido possível, para que a gente não tenha que tomar outras medidas.”