Hospitais temem pelo custeio do serviço nos próximos meses

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Apesar do Governo do Estado ter liberado ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) o montante de mais de R$ 1,6 milhão que se encontrava em atraso, o cenário é de incertezas até o fim do ano, pois a parcela de R$ 400.647,50 referente ao mês de outubro ainda não havia entrado na conta da instituição de saúde até ontem. Já a quantia de mais de R$ 1,6 milhão referente a débitos de 2014 e 2015 foi disponibilizada na última sexta-feira, 6, por meio de financiamento assumido pelo Estado.

Apesar de ter sido anunciada já no final de setembro, a regularização dos débitos com 185 instituições de saúde ainda não foi concretizada em muitas delas, como informado pelo presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, ontem, quando mencionou a burocracia necessária para obter a liberação do dinheiro.

Ferrer também demonstrou preocupação com a possibilidade de os hospitais não receberem em dia as parcelas de outubro, novembro e dezembro, em função da necessidade de arcar com despesas como pagamento do 13º salário. Apesar disso, em Venâncio Aires, o HSSM já informou que está confirmado o pagamento desse direito trabalhista aos funcionários.

REPASSES FEDERAIS

Segundo Ferrer, outro motivo de preocupação dos hospitais é que o próprio Ministério da Saúde não estaria dando a garantia da integralidade do repasse por produção, visto que os cortes previstos no orçamento podem reduzir em até 50% alguns repasses. “Isto, sim, é um problema, que nós estamos vislumbrando e se vier a se configurar atinge plenamente os hospitais e a população, porque não se conseguirá mais honrar os compromissos face uma situação desta natureza.”

    

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