Foto: Reprodução / IFSulMicrocontrolador fará a leitura do nível da água para armazenamento em um banco de dados
Microcontrolador fará a leitura do nível da água para armazenamento em um banco de dados

Dentro da proposta de fazer ciência junto ao Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Venâncio Aires, o câmpus trabalha no desenvolvimento de uma tecnologia que deve auxiliar nos alertas à população sobre possíveis inundações. De acordo com o professor de geografia que atua como coordenador do projeto, Valmor Frantz, a ideia de desenvolver o projeto nasceu com a enxurrada de junho de 2014, que também atingiu casas de alunos do IFSul. Segundo Frantz, é gratificante ver o estudante vislumbrar a possibilidade de desenvolver na instituição que estuda uma tecnologia para melhorar a vida das pessoas. Ele salienta que um dos objetivos do Instituto é colocar a sua infraestrutura à disposição da comunidade para auxiliá-la em suas demandas.O coordenador ressalta, porém, que o equipamento que está em construção é apenas um mecanismo de auxílio e coleta de dados para diminuir danos materiais, sendo que as causas das inundações são muito mais complexas e demandam discussões e estudos que envolvam todos os segmentos da sociedade venâncio-airense. Estudantes do 3º ano do Curso de Informática, Frederico Gassen e Cauê Gass, habilitaram-se para participar do projeto por terem gostado da ideia e do fato de ela poder vir a ser benéfica para a população. “O projeto é de extrema importância para nós porque além de aprimorarmos nossos conhecimentos, o que será de extrema importância para nossa futura formação, estamos construindo um projeto que irá ser de extrema utilidade para a comunidade venâncio-airense”, salientam.

COMO VAI FUNCIONAR

De acordo com o professor de automação, Marcelo de Barros, o sistema automatizado é composto por dois módulos, de hardware e software. O primeiro módulo, de hardware, é composto por um microcontrolador, que fará a leitura do nível da água do rio através de sensores. O segundo módulo, de software, ficará comunicando-se com a placa de hardware e colhendo, em tempos especificados, informações para armazenamento em um banco de dados. Além do armazenamento de dados, o professor explica que o software vai permitir a geração de gráficos e relatórios com os os históricos de nível do Arroio Castelhano. Esses poderão servir de base para futuros estudos e a identificação dos meses de maior risco à comunidade.A proposta para a realização desse projeto foi aprovada no mês passado por meio dos editais da Pró-reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação (Propesp) do IFSul.Conforme o coordenador de pesquisa do câmpus de Venâncio Aires, Itamar Hammes, ao longo do ano são lançados dois editais, nos quais concorrem projetos de iniciação científica voltados ao desenvolvimento do pensamento científico e à iniciação à pesquisa de discentes do ensino técnico do nível médio e da graduação. De acordo com Hammes, os projetos são avaliados considerando os méritos do projeto de pesquisa e do coordenador do projeto, sendo a análise e o julgamento dos projetos feitas pela Câmara de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação e pelo Comitê Externo.