Com informações de Agência Brasil.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade, não fazem mamografia. Essa faixa etária é definida como prioritária para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que pelo menos 70% das mulheres sejam avaliadas periodicamente.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Instituto do Câncer (Inca) apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, 61% das pacientes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico.
Para Ruffo de Freitas Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o número de mulheres que não fazem o exame é preocupante. “Melhorou muito em relação ao passado, mas ainda não atingimos a meta da OMS, que é de 70%. Hoje, temos mamógrafos suficientes no país mas, infelizmente, eles estão mal distribuídos. A maioria está nas grandes cidades e capitais, ficando boa parte da população do interior e de pequenas cidades descoberta, com impossibilidade de fazer o exame de maneira rápida”, afirma.
De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem 2.507 mamógrafos em uso no SUS. O parâmetro é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, portanto a necessidade corresponderia a 833 equipamentos.
Segundo o Ministério da Saúde, o total de exames realizados entre mulheres de 50 e 69 anos aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Já em números totais de exames (em todas as faixas etárias), o aumento somou 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619). Até junho deste ano, foram realizados 1.820.195, dos quais 1.071.531 na faixa etária prioritária, 50 a 69 anos.