A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores projeta a implantação de um sistema de energia fotovoltáico na estrutura física do Legislativo até o final de 2016. A implantação depende apenas de recursos disponíveis para viabilizar o projeto. Um estudo prévio foi realizado por uma empresa que aponta um investimento de aproximadamente R$ 200 mil para viabilizar a instalação do sistema que irá garantir a produção de toda a energia consumida mensalmente.

Hoje, o Legislativo gasta, por mês, cerca de R$ 3,5 mil com energia elétrica. Se o sistema for implantado o custo mensal da Casa deve passar para R$ 137, referente a taxa de iluminação pública e a tarifa de ligação. Além disso, o sistema poderá resultar em energia excedente que permitirá ser utilizada, por exemplo, por estruturas do Poder Executivo como postos de saúde, escolas de educação infantil entre outras repartições. A possibilidade foi trazida pelo presidente da Câmara, vereador José Ademar Melchior – Zecão, durante o período de comunicações na sessão realizada na segunda-feira, 22. Segundo ele, a ideia foi sugerida pelo Diretor Administrativo da Casa, Sérgio Luis Castro Xavier, e para ter um panorama dos custos que a implantação do sistema demandariam da Casa, foi solicitado um estudo técnico de uma empresa do ramo. “Claro que a implantação vai exigir um processo licitatório, mas esse estudo mostra que precisamos investir cerca R$ 200 mil para produzir a energia que consumimos”. Segundo ele, a economia resultante garantiria que o investimento se pague dentro de três anos e meio. “Esse projeto vai garantir economia e, também, a produção de energia sustentável pelos próximos 50 ou 100 anos”.

Foto: Cássia Colla / Folha do Mate Zecão explica que através do sistema os custos em energia elétrica cairiam drasticamente
Zecão explica que através do sistema os custos em energia elétrica cairiam drasticamente

A viabilização do projeto vai depender apenas de economia que ocorre dentro do Legislativo. No ano passado, por exemplo, a Casa devolveu ao Executivo cerca de R$ 600 mil. Neste ano, entre os meses de janeiro e fevereiro a economia foi de R$ 60 mil – recurso que foi repassado para a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo e vai permitir arcar com os custos da arbitragem dos campeonatos. Segundo Zecão, se a economia continuar em proporções semelhantes o projeto de implantação do sistema pode sair do papel até o final deste ano.

 REDUçãO DE GASTOSAs sobras de R$ 60 mil desses dois meses é resultado do período de férias que, segundo Zecão, mesmo com o fim do turno único havia menos pessoas dentro do Legislativo com isso, automaticamente, o consumo de água, luz, telefone, gasolina e demais materiais de expediente diminui. Além disso, ele destaca que até agora não foram promovidos cursos de capacitação dos servidores e aos vereadores, mais um fator que contribui para as sobras serem expressivas.