Enquanto os 63 novos agentes penitenciários aguardavam para se apresentar na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), uma reunião definia detalhes de como será o funcionamento na nova cadeia. O delegado regional penitenciário, Anderson Louzado, se reuniu, no Fórum, com o juiz João Francisco Goulart Borges.
Em pauta, questões para garantir o pleno funcionamento da casa prisional de Vila Estância Nova. Entre eles, os ítens de segurança, como o detector de metais (raio-x), que será usado em todas as pessoas que atravessam o portão principal. “Nunca vi esse aparelho funcionando lá. Preciso saber se está em condições”, observou Goulart Borges, que responde pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Venâncio Aires.
Para verificar este item e outros, ele decidiu realizar uma inspeção, antes de liberar o início da ocupação da penitenciária. Para isso, o magistrado convidou o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, a defensora pública Aline Lovato Telles, o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Joaquim Thiel, e o prefeito Airton Artus.
A intenção do juiz era de fazer esta visita na segunda-feira, liberando a casa penal para receber presos ou determinando adequações. Por causa de compromissos do prefeito, adiou um dia, mas teve que fazer nova adequação na data, já que ele tem audiências agendadas para a terça-feira pela manhã. Então, a inspeção acontece na quarta-feira.
Assim, o início da ocupação, que poderia começar na segunda-feira, está adiado. Mas se o magistrado entender que a penitenciária está pronta e apta a começar a funcionar, a chegada dos primeiros presos pode acontecer ainda na quarta-feira.
Tanto que o magistrado revela que a lista com os 30 primeiros presos, composta somente com condenados provenientes de cadeias da região, já está pronta.
São condenados que têm perfil para trabalhar na cozinha, lavanderia e para realizar demais serviços dentro da penitenciária. Posteriormente, outros apenados de casas prisionais da região começam a chegar.
Das 529 vagas da Peva, 300 são destinadas exclusivamente para presos que ocupam cadeias da região. As outras vagas poderão ser ocupadas por apenados de outras regiões. “Mas primeiro vamos verificar o perfil de cada preso”, garante o juiz.