Dentro de alguns instantes, os cinco homens e a duas mulheres que compõem o conselho de sentença que apura a morte de Bernardo Boldrini se reunirão em uma sala para definir se os quatro réus são culpados ou inocentes. O menino foi morto no dia 4 de abril de 2014 e seu corpo foi localizado dez dias depois. São réus o médico Leandro Boldrini, pai do menino, a madrasta dele, companheira do médico, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
O julgamento começou segunda-feira, 11, no Fórum de Três Passos, no Noroeste do Estado.
Durante os debates, iniciados quinta-feira à tarde e que só pararam nos primeiros minutos da madrugada desta sexta-feira, recomeçaram nesta manhã, com a réplica por parte dos promotores Bruno Bonamente, Ederson Vieira e Silvia Jappe. Em plenário, sustentaram que os quatro réus tiveram participação no assassinato, mas com motivações distintas, e pediram pena máxima a todos.
Para a acusação, o médico matou Bernardo para ficar com todos os bens adquiridos, já que a mãe do menino se suicidou em 2010. Os outros mataram por prazer, disse um dos acusadores. Afora Evandro, o promotor Vieira classificou os demais réus como psicopatas.
A defesa de Evandro pediu sua absolvição, por entender que ele não teve qualquer participação; a de Edelvânia pediu a absolvição no homicídio, salientando a participação dela na ocultação do cadáver; a de Graciele negou que ela matou o menino, referindo que foi um acidente; e a de Evandro, negou qualquer envolvimento dele no caso.