Um dos casos mais rumorosos da história recente de Venâncio Aires deve ter desfecho no fim do mês de março, para quando está previsto o júri dos apontados por envolvimento no assassinato do bancário Júlio Assmann Marder, morto aos 58 anos, vítima de cinco facadas, na casa onde residia com a companheira e a filha dela, no bairro Aviação, na madrugada do dia 27 de agosto de 2017. Conforme o promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto, em caso de condenação, as penas devem oscilar entre 16 e 20 anos de reclusão.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Salete de Azevedo, 45 anos, na época companheira do bancário, é acusada de ser a mandante do crime. Ela teria planejado o assassinato em conjunto com Márcia Rejane Kist Severo, 45 anos, e Marcos Roberto Cottes Figueiró, 29 anos (ela amiga íntima de Salete e ele namorado de Márcia). Ainda de acordo com o MP, o casal ficou responsável pela contratação de Antônio Alcides Oestreich, 53 anos, mecânico apontado como autor das facadas que vitimaram Marder.
A Promotoria sustenta que Oestreich receberia R$ 20 mil para matar o bancário, mas só teve acesso a R$ 1,6 mil – R$ 700 recebidos no dia anterior ao crime e outros R$ 900 dias depois, ambos valores entregues por Figueiró. O restante do dinheiro seria pago quando Salete fosse contemplada com um seguro de vida contratado por Marder junto à Caixa Seguradora, no valor de R$ 613.668,42. Deste total, ela esperava receber 70%, percentual que dividiria com Márcia e Figueiró e ainda completaria a parte acertada com Oestreich. Salete de Azevedo não chegou a receber qualquer valor do seguro de vida, pois foi constatada divergência na assinatura de Júlio Assmann Marder no documento.
“Os três pretendiam dividir o valor e Salete imaginava que poderia receber outro benefício pela morte de Marder, como herança ou pensão. Como ela não recebeu o seguro, o mecânico também não ganhou o valor total prometido.”
PEDRO RUI DA FONTOURA PORTOPromotor de Justiça