Kappel quer CPI sobre o dossiê da Assistência Social

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O dossiê apresentado pelo prefeito Giovane Wickert ao Ministério Público há três meses, o qual traz apontamentos à Administração de Airton Artus, também está na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires desde então.

As centenas de páginas do documento são referentes a recursos federais que teriam sido aplicados em desvio de finalidade na Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Social, entre 2013 e 2016.

Os questionamentos do Ministério do Desenvolvimento Social abrangem mais de R$ 1 milhão e levantam possíveis problemas na prestação de contas no setor da Assistência Social do município. Com o dossiê em mãos e um tempo para análise, o presidente do Legislativo, Eduardo Kappel (Progressistas) afirmou que vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Haverá investigação. Tem problemas graves e o prefeito Giovane tem razão.”

Para conseguir abrir a investigação, são necessárias as assinaturas de cinco vereadores. “Estamos tratando disso”, resumiu Kappel, se referindo à discussão interna entre os parlamentares e o apoio necessário para dar início ao processo.

RELEMBRE

A entrega do dossiê ao Ministério Público foi divulgada em março. Quando informou a imprensa, Giovane Wickert disse que a decisão foi tomada para que, caso a União bloqueasse repasses, “a comunidade saiba que são problemas da Administração passada com reflexo nesta gestão”.

O prefeito também rechaçou que a medida, às vésperas de ano eleitoral, tem viés político. “Não estamos sendo levianos, pois temos números, notas, empenhos e apontamentos. Se quiséssemos capitalizar politicamente, teríamos feito isso no início do governo”, afirmou Wickert, logo após a divulgação do dossiê.

O ex-prefeito, por sua vez, relatou, na época, que o assunto “era coisa requentada” e “puro desespero”. “Nosso governo trouxe, tranquilamente, mais de R$ 50 milhões só para o social. Esta é uma tentativa de criar um fato político para desviar a atenção do desastre que é esta Administração Municipal”, disparou Airton Artus (PDT).

O promotor João Afonso Beltrame, responsável pela análise do dossiê no Ministério Público, também criticou a condução que Giovane Wickert deu ao assunto. Beltrame entendeu a atitude como “publicidade extraordinária” e afirmou que “o MP não vai se prestar a ser massa de manobra política”. O promotor disse ainda que a maioria das situações expostas no documento já era acompanhada pela Promotoria.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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