O vereador Celso Krämer, acompanhado do presidente em exercício da Comissão da Agricultura, Meio Ambiente, Obras e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores, José Ademar Melchior (PMDB), procurou a Folha do Mate na segunda-feira, 2, para se manifestar em relação ao relatório apresentado pela prefeitura sobre a iluminação pública. Com os números apresentados pela Administração, o relatório estaria desmentindo Krämer. “Este relatório não é verdadeiro. Quem fez o levantamento ou não contou, não passou por lá ou agiu de má fé”, garante o vereador.
O estudo, que abrange a cidade, bairros e 19 localidades do interior nos mais diversos pontos do município, foi solicitado pelo prefeito Airton Artus após declaração de Krämer de que mais de 50% das lâmpadas estavam apagadas. Pelo levantamento da prefeitura, considerando apenas o interior, a Administração divulgou que 13,91% não estariam em funcionamento.
Para o vereador, o levantamento não deveria ter sido feito pelos próprios funcionários do setor de eletrificação. “Primeiro eles foram lá e trocaram as lâmpadas e depois apresentaram o relatório.” Disse que quando se referiu ao percentual de 50% falou apenas do interior e que não tratou apenas de lâmpadas queimadas, mas também da falta de calhas. “Lá no Cerro dos Narcisos colocaram que tem seis lâmpadas queimadas, mas na verdade tem 15. Podem perguntar para os moradores.” Além disso, salientou que muitas localidades estão às escuras, gerando medo e insegurança às comunidades. “De Taquari Mirim a Campo Grande, em cerca de 4 km não tem nenhuma calha. E assim é em vários locais do interior, onde há casas que nunca receberam iluminação na estrada, o que é um direito”, apontou. Outro ponto questionado pelo parlamentar é em relação aos eventos municipais, onde segundo ele, 30 a 60 dias antes, a equipe do interior é trazida para a área urbana. Como exemplos citou a Fenachim e o carnaval de rua. “No tempo do prefeito Glauco Scherer até rede de luz eles faziam”, cutucou.
Melchior confirmou os dados apresentados pelo colega petebista e se disse preocupado com a segurança, principalmente devido a escuridão. Contou que em uma cavalgada, ele e amigos passaram por diversas localidades e tiveram que usar lanternas para não serem atropelados e avisar os motoristas que passavam pela estrada. “Felizmente cavalo não precisa de luz.”
LIXO
José Ademar também cobrou o recolhimento de lixo em Linha Bem Feita, localidade onde mora. Disse que lá, há 18 moradores e que cada um precisa dar um destino para o lixo que produz. “Não temos onde colocar. Não estão prejudicando apenas a mim, mas a todos que moram lá”, frisou. Segundo o vereador ele já teria procurado a Secretaria do Meio Ambiente, que teria informado que a rota do caminhão não passa por lá e não poderia ser mudada.