Quem acompanhou a sessão da Câmara de Vereadores na última segunda-feira, 7, viu que as falhas no prédio do Legislativo não são poucas. Pouco antes da reunião parlamentar iniciar, a chuva foi o bastante para ceder o forro e deixar o plenário Vicente Schuck alagado. Mais que goteiras, a água corria de forma intensa, obrigando servidores da Casa a escoarem com ajuda de rodos.
Já era sabido que o prédio está em más condições, necessitando de uma reforma urgente, mas a chuva que caiu no início da semana foi o recado para apressar os trâmites.
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Na última legislatura tentou-se iniciar um processo de reforma. Foras abertas duas licitações, mas nenhuma empresa se mostrou interessada na obra, orçada em R$ 320 mil.
Conforme o presidente da atual legislatura, Telmo Kist (PDT), um ofício já foi encaminhado para a prefeitura, solicitando a avaliação de um engenheiro. Uma empresa também visitou o prédio, onde averiguou a situação e apontou as primeiras medidas a serem tomadas.
Kist destaca que estas medidas já estão sendo estudadas para resolver o problema, entre elas, a abertura de uma sindicância interna para averiguar todos os procedimentos tomados desde a entrega da obra, em 2007 e as reformas seguintes, realizadas por diferentes empresas. “Penso eu que o caso deve ser levado para a Justiça”, frisou.
Telmo revelou que um lado inicial, da época que foi entregue a obra, já reconhecia que o prédio tinha goteiras. “E se isso permanece até hoje é porque algo já deveria ter sido feito”. O presidente ressalta que o prédio sequer conta com o “Habite-se”, documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo-se as exigências estabelecidas pela prefeitura. “Nem a parte nova tem”.
Até hoje, informou Kist, não há nenhuma ação da Câmara contra qualquer empresa que realizou as obras e reformas, mas há uma ação na Justiça, onde uma empresa cobra R$ 180 mil do Legislativo por serviços prestados fora do contrato.
A partir de agora, a presidência da Casa aguarda os laudos do Corpo de Bombeiros e da empresa para então dar início a um novo orçamento e processo licitatório, a fim de realizar as reformas. A prioridade será o telhado.
