O contrato está em mãos e já foi assinado pelo prefeito Giovane Wickert. No entanto, a relação das ruas de Venâncio Aires que serão pavimentadas, naquele que é considerado um dos maiores projetos de infraestrutura do município, segue sob sigilo.
O motivo do segredo, nas palavras do prefeito, é para evitar frustrações, já que o projeto ainda pode ser ajustado e, portanto, alterado. “Não podemos criar uma expectativa que pode não se confirmar. Por isso, por um pedido meu, não vamos divulgar o nome das ruas pré-avaliadas”, explica.
Pelo projeto confirmado em novembro, durante uma solenidade no bairro Bela Vista, serão R$ 20 milhões contratados via Banco de Desenvolvimento da Região Sul (BRDE) através do programa federal Avançar Cidades. Dos R$ 20 milhões, está prevista uma contrapartida de R$ 1 milhão. E é esse valor que tem feito a Prefeitura agir com cautela. Conforme o prefeito, é possível que a Administração tenha que custear um valor mais alto que o estipulado. “Seria uma situação parecida com o asfalto de Sapé, que devido a valores defasados tenhamos que dar uma contrapartida maior.”
Segundo a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Jalila Böhm Heinemann, desde agosto, quando o projeto foi encaminhado, houve aumento de valores da massa asfáltica. “Com isso, nosso orçamento também aumentou. Ainda não temos fechado, mas pode chegar a uns 15% a mais do valor total”, revela.
Se assim for, uma conta rápida indica até R$ 3 milhões a mais em contrapartida. Se esse incremento no orçamento for acordado com o BRDE, todas as ruas pré-definidas no projeto serão pavimentadas. Se não, será preciso ‘cortar’ parte do roteiro. “Por isso não falamos em nomes, para não frustrar ninguém. Porque é possível que haja cortes e algumas ruas fiquem de fora”, destaca o prefeito.
CONTRATONa última sexta-feira, 21, a coordenadora da Central de Projetos, Marilini Petry, esteve em Porto Alegre para tentar agilizar o processo. Com o contrato em mãos, retornou a Venâncio no fim da tarde e o prefeito usou as redes sociais para anunciar a assinatura do convênio com o Banco de Desenvolvimento da Região Sul (BRDE). “É o maior contrato do Rio Grande do Sul em pavimentação pelo BRDE”, destacou Wickert.
Com o contrato assinado e as questões orçamentárias ainda dependendo de reajustes, o prefeito estima que em fevereiro ou março já seja possível abrir a licitação para a obra, bem como iniciar o processo para a contribuição de melhorias.
Mesmo sem confirmar quais serão as ruas pavimentadas, certo é que as obras passarão nos bairros Santa Tecla, Bela Vista, Aviação, Gressler, Leopoldina, Cidade Alta, Brígida, Cruzeiro, Coronel Brito e Universitário.

AS OBRAS
Pelo projeto original, serão pavimentadas 67 quadras, o que representa quase 10 quilômetros de asfalto. A Prefeitura estima a redução em até 30% do déficit em pavimentações da área urbana, considerando a quantidade de moradores nas ruas contempladas.
A previsão é que os processos iniciem no primeiro semestre de 2019 em blocos, já que são muitas ruas em locais distantes. A intenção do corpo técnico da Administração é fazer o processo em partes para tentar minimizar problemas.
As obras devem durar pelo menos dois anos, já que o projeto contempla investimentos em drenagem, compactação do solo, canalização, passeio público e a pavimentação das vias.