Castelhano deve passar por estudo hidrológico

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Alvo de polêmicas constantes, principalmente devido aos problemas recentes de água represada ao longo do leito, o arroio Castelhano está em vias de receber novas limpezas em alguns pontos. Mas, além do trabalho emergencial para melhorar a vazão, conforme anunciado pela Administração Municipal nessa semana, o arroio deve passar por um ‘pente-fino’ científico.

A questão foi reforçada pelo secretário de Meio Ambiente de Venâncio Aires, Clóvis Schwertner. Para ele, o Castelhano precisa de um diagnóstico técnico. “Há muita preocupação, tanto de agricultores e moradores próximos, como do poder público. Mas precisamos ser mais técnicos e não tão emotivos. E levar para uma discussão científica e não apenas política, para que esse conhecimento seja útil no futuro.”

Conforme Schwertner, isso passa pela retomada de uma análise que foi pensada há alguns anos. Trata-se de um estudo hidrológico do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Queremos uma visita dessa equipe em fevereiro e propor que os alunos façam como um estágio. Um diagnóstico para saber como está a microbacia no perímetro urbano”, informou o secretário.

Represamento da água na várzea mata a floresta nativa (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)

RELEMBRE

Esse estudo foi anunciado pela Prefeitura em julho de 2014, logo após uma enchente que causou prejuízos no interior e nos bairros da parte baixa da cidade. Na época, ele estava incluído no que a Administração chamou de Plano de Controle de Inundações do Arroio Castelhano e foi realizado o primeiro desassoreamento com a utilização de dragas, o qual retirou 150 metros cúbicos de resíduos.

NASCENTES

  1. Enquanto tenta encaminhar a realização desse estudo e resolver as urgências em torno do arroio, outra preocupação é tocar o projeto de recuperação das nascentes do Castelhano.
  2. Com mais de 240 catalogadas e 14 já recuperadas, no próximo mês o trabalho focará em Linha Sapé e em duas junto à Santinha Nossa Senhora de Lourdes, no caminho para Vila Deodoro. A de Sapé já tem a água analisada e abastece mais de 50 famílias.
  3. Segundo o secretário Clóvis Schwertner, a recuperação desses afluentes custará cerca de R$ 7 mil, com recursos repassados pelo Rotary Venâncio Aires e Rotary Chimarrão. Das nascentes já recuperadas, o secretário destaca que são “300 mil litros por dia de água de qualidade que desembocam no Castelhano.”
  4. O Comitê das Nascentes do Arroio Castelhano tem a participação das secretarias de Meio Ambiente e da Fazenda, Instituto de Sustentabilidade e Resiliência (IGS), Emater e Corsan.
Cerca de 4 km depois da ponte, no Passo da Cananéia, Castelhano tem vazão (Foto: Alvaro Pegoraro/Folha do Mate)


Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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