Na próxima terça-feira, 22, uma comitiva formada por membros do Executivo e do Legislativo de Venâncio Aires irá a Porto Alegre entregar um dossiê à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A busca é por melhorias nas duas rodovias que passam pela Capital Nacional do Chimarrão. As RSCs-287 e 453 são palco frequente de acidentes e só este ano já registraram seis mortes.
O grupo será recebido pelo secretário Extraordinário de Parcerias do RS, Bruno Vanuzzi. A ele será entregue um documento com as demandas, solicitando atenção especial às duas rodovias, principalmente aos trechos da RSC-453, entre os bairros Battisti e Industrial; e na RSC-287, imediações do restaurante Casa Cheia e entre o trevo principal e o acesso ao Posto Chama.
A secretária de Planejamento, Jalila Böhm Heinemann, que integra a comitiva que vai à capital, disse que o momento é importante para demonstrar a preocupação com estes trechos. “Precisamos de uma atenção especial no projeto da duplicação da RSC-287 e de execução de vias laterais na RSC-453”, observou.
Jalila ressalta que os trechos mencionados são de extrema importância para o município. “Além de áreas residenciais, contam com empresas e serviços nas adjacências. E ambas as rodovias servem de escoamento da produção de toda a região e ligam Venâncio a outras regiões”, enfatiza a secretária. O coordenador do Departamento de Trânsito e da Defesa Civil do município, Dário dos Santos Martins, também irá a Porto Alegre.
Dados estatísticos da Folha do Mate mostram que nove pessoas morreram em acidentes, este ano, nas ruas e rodovias de Venâncio. Destas, seis casos foram registradas nas duas rodovias, sendo quatro mortes na RSC-287 e duas na RSC-453.
Destas quatro fatalidades que aconteceram na rodovia que liga Venâncio a Santa Cruz, três foram nas imediações do Casa Cheia. O trecho é de pista simples para quem segue em direção a Santa Cruz e pista dupla no sentido contrário. Os dois acidentes com morte na RSC-453 aconteceram no bairro Coronel Brito.
MOVIMENTO
Nessa sexta-feira à tarde, a reportagem da Folha do Mate percorreu trechos das duas rodovias. O que se viu foi um intenso movimento de veículos, de pequeno, médio e grande porte. Em alguns locais, pedestres e ciclistas dividem a pista com os veículos.
Isso se vê principalmente na RSC-453, pois a rodovia divide a cidade no lado Leste. Um dos locais mais perigosos é no acesso aos bairros Brands e Macedo. Como não há rótula, motoristas, pedestres, ciclistas e charreteiros se aventuram para cruzar a rodovia.
Nos acessos aos bairros Coronel Brito e Battisti a situação é menos complicada. No primeiro, além da rótula, há sinaleiras e os redutores de velocidade; no segundo, apenas a rótula berta.
Na RSC-287, o intenso movimento de veículos chama a atenção. Os pontos mais perigos são justamente próximo ao restaurante Casa Cheia, no trevo principal da cidade e no acesso ao Posto Chama. Em Vila Estância Nova, o grande número de alunos da escola Adelina Isabela Konzen é outra preocupação, assim como o vai e vem de moradores, que precisam cruzar a rodovia para irem da casa para a lavoura e vice versa.