Por Ana Flávia Hantt – [email protected]
A última segunda-feira, 28 de fevereiro, começou tranquila na pequena capital de Luxemburgo, mas as notícias sobre uma bomba logo colocaram a população em alerta. Com o conflito ocorrendo entre Rússia e Ucrânia, a reação mais óbvia era pensar sobre um possível ataque a uma das sedes da União Europeia, localizada na cidade. A verdade, no entanto, era muito mais inusitada.
Trabalhadores de uma obra próxima à estação de trem da cidade – uma das áreas mais movimentadas da capital – descobriram uma bomba ainda ativa, remanescente da Segunda Guerra Mundial. Luxemburgo esteve sob ocupação nazista desde 1940, sendo liberada pelas forças aliadas apenas em 1945.
Assim que a presença da bomba foi notificada, no meio da manhã, o Exército de Luxemburgo passou a trabalhar na remoção do artefato. Toda a área foi fechada para veículos e pedestres, e prédios residenciais e comerciais foram evacuados.
A operação durou entre dez e 17 horas, resultando na remoção de uma bomba de aviação, de origem americana, de 250 quilos. O artefato não foi detonado no local, já que a explosão e os estilhaços poderiam alcançar 300 metros de altitude.
Pela proximidade com o local, a estação de trem central também foi fechada e todas as viagens foram canceladas. Os trens voltaram a funcionar apenas às 18h. Apesar do transtorno, a situação foi facilmente solucionada. Com viagem para Paris naquela tarde, apenas recebi um atestado de cancelamento, preenchido à mão, o qual poderia apresentar em qualquer trem daquele ou do próximo dia, sem a necessidade de uma nova passagem.
Depois de uma temporada de três meses em Luxemburgo, este foi mesmo um fato inusitado para marcar a despedida da capital.
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