Se dependesse apenas dos votos dos 15 vereadores da Capital do Chimarrão, Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro, ambos do Partido Liberal (PL), seriam governador eleito e presidente reeleito a partir de 1º de janeiro de 2023.
O cenário para o segundo turno das eleições 2022 no Rio Grande do Sul e no Brasil foi ‘desenhado’ a partir de consulta feita pela Folha do Mate junto aos parlamentares que, no momento, ocupam assentos na Câmara de Venâncio Aires, sejam eles eleitos ou suplentes, em vagas de titulares.
Na ‘corrida’ pelo Palácio Piratini, o preferido dos vereadores, Onyx Lorenzoni (PL), ficou com sete indicações, menos da metade do Poder Legislativo. Eduardo Leite (PSDB), que tenta a reeleição, foi lembrado por cinco parlamentares, enquanto três não informaram a quem darão seus votos no dia 30 de outubro.
André Kaufmann (PTB), Benildo Soares (Republicanos), César Garcia (PDT), Ezequiel Stahl (PTB), Diego Wolschick (PTB), Luciana Scheibler (PDT) e Renato Gollmann (PTB) abriram votos para Onyx. Alexandre Fernandes (PSD), Ana Cláudia (PDT), André Puthin (MDB), Ricardo Landim (União Brasil) e Sandra Wagner (PSB) anunciaram apoio a Leite. Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), Clécio Espíndola, o Galo (PTB) e Gerson Ruppenthal (PDT) foram os que ficaram ‘no muro’.
Em relação à presidência, Jair Bolsonaro (PL) desponta com dois terços dos votos do Legislativo. Alexandre Fernandes (PSD), André Kaufmann (PTB), Benildo Soares (Republicanos), César Garcia (PDT), Diego Wolschick (PTB), Ezequiel Stahl (PTB), Gerson Ruppenthal (PDT), Ricardo Landim (União Brasil), Renato Gollmann (PDT) e Luciana Scheibler (PDT) se manifestaram favoráveis ao atual comandante do país.
Ana Cláudia (PDT) e Sandra Wagner (PSB) apoiam Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto que André Puthin (MDB), Elígio Weschenfelder, o Muchila, e Clécio Espíndola, o Galo (PTB) ficaram ‘no muro’.
JUSTIFICATIVAS
Alexandre Fernandes (PSD): “No Rio Grande do Sul sou Eduardo Leite, por questão partidária e por achar que ele fez um bom governo. Pecou em fechar o comércio na pandemia, mas colocou o salário dos professores em dia, como havia prometido. Para presidente, sou Bolsonaro, por achar que, no momento, é a melhor opção que temos. Respeito as demais opiniões.”
Ana Cláudia (PDT): “Minha posição é muito tranquila. Acompanho a decisão do meu partido, que apoia os candidatos que mais se aproximam dos nossos ideais. Não tem como ser diferente, procuro ser coerente com meus princípios. Zelo pela nossa democracia, embora nenhum me represente realmente.”
André Kaufmann (PTB): “Me posiciono a favor da reeleição do presidente Bolsonaro, pela política econômica que adotou e pela forma como vem conduzindo o governo. Não admito a volta de um candidato que foi ‘descondenado’. Não sou a favor de todas as ações do presidente Bolsonaro, mas levando em conta o cenário atual da política, sou favorável à sua reeleição. No Rio Grande do Sul, o candidato que tenta a reeleição não soube conduzir o governo na pandemia. Fechou tudo, se confinou em uma peça e ficou pintando o nosso mapa de colorido. Então, sou a favor da eleição de Onyx Lorenzoni.”
André Puthin (MDB): “Em relação ao Governo do Estado, o MDB, meu partido, tem o candidato a vice na chapa do Eduardo Leite, do PSDB, que tenta a reeleição. Para presidente, ainda estou analisando o cenário.”
Benildo Soares (Republicanos): “Voto em Onyx e Bolsonaro. Fiz campanha para o Eduardo Leite, mas ele nos mentiu, fomos traídos, retirou valor do meu salário, assim como tirou de muitos funcionários públicos. Para presidente, voto no capitão, pois apoiei o ‘nove dedos’ nas duas eleições e a primeira da Dilma, mas consegui tirar a venda dos olhos. Estávamos sendo roubados, aí veio o capitão, acabou com as roubalheiras, defende a família e, acima de todos, coloca Deus.”
César Garcia (PDT): “Para presidente é Bolsonaro, sem sombra de dúvidas. O candidato que admite ter subtraído valores, feito acordos e atrocidades estando no poder, não merecia nem ser um candidato, muito menos estar apto a uma eleição onde está em pauta uma grande nação como o Brasil. Governo do Estado vou de Onyx, pelo fato de a ideologia caminhar alinhada ao presidente. Isso é importante para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Vamos ter um governo coeso, convicto dos interesses do Estado e sabedor dos grandes gargalos.”
Clécio Espíndola (PTB): “Prefiro não me manifestar, porque o voto é secreto. Me manifestei quando estávamos tentando eleger um deputado aqui de Venâncio, o Airton Artus, e os vereadores não optaram por eleger alguém daqui. Em virtude deste tipo de postura, para o segundo turno vou adotar o silêncio. Se tivéssemos nos unido, poderíamos ter eleito um deputado estadual e até um deputado federal por Venâncio, mas não foi o que aconteceu. No caso de governador e presidente, nem sabem quem a gente é. Então, que ganhem os melhores.”
Diego Wolschick (PTB): “Onyx Lorenzoni para governador e Jair Bolsonaro para presidente. Este governo combateu a corrupção como nunca visto antes, criou o Pix, trouxe a tecnologia 5G, zerou impostos federais da gasolina e gás de cozinha. Também criou a prova de vida dos idosos pelo celular, CNH válida para 10 anos, isenção do seguro DPVAT, diminuiu a burocratização na abertura de empresas, além de congelar a Convenção-Quadro”.
Elígio Weschenfelder (PSB): “Para o Governo do Estado, meu partido abriu apoio a Eduardo Leite, do PSDB. A nível federal, o PSB tem o candidato a vice-presidente da República, Geraldo Alckimin. Está é a conjuntura. Eu, de forma individual, não me manifestarei, pois vivemos um radicalismo severo de ambos os lados. O partido fez suas escolhas.”
Ezequiel Stahl (PTB): “A resposta para ambas as perguntas é 22. Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul e Jair Bolsonaro no Brasil.”
Gerson Ruppenthal (PDT): “Sobre a eleição para governador do Estado, estou me resolvendo ainda. Não esperando pesquisa, mas sim analisando algumas situações. No Brasil vou de Bolsonaro, pois neste momento não voto no PT.”
Luciana Scheibler (PDT): “Vou apoiar Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro. Acho que temos que nos manifestar, sim.”
Renato Gollmann (PTB): “Eu sou 22: Onyx e Bolsonaro. Apoio Deus, pátria e a família brasileira, tanto que na segunda-feira fui na sessão com a camiseta do Brasil.”
Ricardo Landim (União Brasil): “Meu partido faz parte da coligação ‘Um Só Rio Grande’, liderada pelo candidato Eduardo Leite e composta por PSDB, Cidadania, MDB, PSD, Podemos e União Brasil. Para presidente, apoio Jair Messias Bolsonaro.”
Sandra Wagner (PSB): “Para governador, vou de Eduardo Leite, por entender que ele conseguiu reorganizar as finanças do Estado. O PSB estadual também apoia Eduardo. A nível Brasil, o partido tem Geraldo Alckmin como vice na chapa do Lula. Mas preciso dizer que meu voto ficou definido na sessão da Câmara de segunda-feira. Quando as pessoas que estão no poder, esquecem de observar as leis, rasgam o Regimento Interno, incitam e coagem as pessoas, fazendo delas massa de manobra, para que assim votem em um certo candidato, querendo fazer valer na força do grito seus posicionamentos. Para mim, isso se chama terrorismo. Eu quero viver numa pátria livre e democrática, por isso voto no Lula.”