Quem mora em Venâncio Aires ou conhece a realidade do município já deve ter percebido que não existe uma casa geriátrica instalada para atender pessoas idosas, apenas há o Lar Novo Horizonte, que embora preste todos os atendimentos necessários, inclusive médicos, é um espaço administrada pelo Lions Clube Venâncio Aires. A legislação municipal vigente apresenta empecilhos para a instalação de casas geriátricas, mas a Prefeitura tem buscado agilidade nesse processo.
De acordo com a secretária do Planejamento de Venâncio, Jalila Böhm Heinemann, o Plano Diretor apresenta restrições para a construção das casas em determinados locais, por isso, ainda este ano será encaminhada a revisão do documento que determina o planejamento urbano da cidade. “Assim vamos poder fazer as alterações a partir de estudos, favorecendo a questão do zoneamento”, destaca.
Antes que a atualização ocorra e buscando agilizar este processo, a Prefeitura decidiu – em uma força-tarefa que envolveu a Procuradoria Jurídica, o prefeito Giovane Wickert e a própria secretaria de Planejamento – que os interessados em empreender no município podem apresentar um estudo de impacto de vizinhança e ruído, feito, geralmente, por engenheiros. Este estudo comprova se o ruído das proximidades, medido durante o dia e noite, é prejudicial ou não. Depois de ter o parecer favorável de zoneamento, existem outros processos de aprovações, no entanto, Jalila garante que este estudo facilita e agiliza o processo de instalação, pois o empreendedor não esbarra na burocracia do primeiro passo, que é a classificação do zoneamento.
A secretária explica que, atualmente, o Plano Diretor contempla um mapa que divide o município em zoneamentos classificados em áreas residenciais, comerciais, industriais e mistas, além de outras classificações. As casas geriátricas, por exemplo, devem ser instaladas nas áreas residenciais, contudo, em Venâncio não existem imóveis de tamanho suficiente disponíveis para aluguel e venda, o que impossibilita a instalação destes empreendimentos. “Nós encontramos imóveis que poderiam atender a demanda, mas são em zonas comerciais”, observa.
Empresários querem investir nesta área
Há pouco tempo, de acordo com a secretária do Planejamento, Jalila Böhm Heinemann, um empresário de Santa Cruz do Sul estava em processo de viabilização da primeira casa geriátrica. “Ele alugou um prédio, fez todas as instalações, mas não conseguiu os trâmites burocráticos para ganhar o alvará”, observa. Além disso, segundo ela, já existem outros interessados em investir nesse ramo no município, o que é positivo, porque pode gerar empregos, além de ser uma opção de cuidados para idosos e facilitar a vida dos familiares que optam por esse serviço, mas precisam se deslocar até outra cidade.