Marmitas e viandas: praticidade em casa e alternativas para restaurantes

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A rotina de grande parte da população foi alterada nos últimos dois meses. Uma nova realidade para o enfrentamento da pandemia do coronavírus é vista em todo o país, com estabelecimentos com portas fechadas, limitação de clientes dentro dos locais e uso de máscaras.

Negócios da área de alimentação foram diretamente afetados, já que os restaurantes, por exemplo, não têm permissão para trabalhar com buffet. Em Venâncio Aires, uma alternativa escolhida pelos empresários para manter os serviços tem sido a comercialização das refeições em marmitas e viandas, com cardápio diferente a cada dia e, até mesmo, opção de tele-entrega.

Proprietária do Déia Restaurante, Andréa Kist conta que permaneceu por 21 dias com o estabelecimento fechado para não colocar em risco a equipe e clientes. “O restaurante existe há 21 anos e nunca foi preciso ficar tanto tempo fechado como agora. Nunca passamos por algo assim, ninguém esperava que isso fosse acontecer e não estávamos preparados”, relata.

Com o retorno das atividades, muitas mudanças na rotina. Os horários de trabalho foram reduzidos e alguns funcionários estão de férias. Além disso, os cuidados são redobrados com a higienização das mãos e utensílios, utilizando máscaras e luvas.

Para seguir com o atendimento, as marmitas foram a opção adotada pelo restaurante. “Com esse sistema é possível evitar contato com muitas pessoas, oferecer uma boa comida feita com muito cuidado e higiene para o cliente desfrutar na segurança de sua casa. Devemos ter cuidados, mas não podemos ficar parados”, salienta a empresária. “Notamos que tivemos clientes que optaram pela marmita em vez de irem almoçar no restaurante, o número de almoços servidos no restaurante está muito reduzido”, conta Andréa.

Ela comenta, ainda, que outra opção que tem sido utilizada é a take-away. Nesta modalidade, o cliente pode escolher a comida, que é servida pelo atendente, e levar para o consumo em casa. Diferente das marmitas, nas quais valores são fixos, nessa opção o pagamento é por quilo.

Mudança na rotina, com almoço em casa

Por Taiane Kussler

A enfermeira Daiana Keller, 32 anos, é uma das pessoas que teve que readaptar a rotina. Ela e o marido almoçavam todos os dias em um restaurante no centro da cidade, enquanto os filhos do casal faziam as refeições na escola. Desde o início do período de distanciamento social, tiveram que mudar os hábitos. “Há uns dois meses, optamos pela marmita e estamos almoçando todos em casa”, afirma a moradora do bairro Bela Vista.

Todos os dias, por volta das 12h30min, ela sai do trabalho e passa no restaurante para fazer a escolha do cardápio do dia, que é servido pelas atendentes. “Nossa rotina alterou bastante. Tivemos que remodelar os nossos horários para dar conta de tudo”, afirma a enfermeira, que ao chegar em casa, troca a roupa do trabalho e prepara o almoço das crianças, para depois fazer a refeição.



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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