Mato Leitão - A manhã de quarta-feira, 8, foi intensa no município de Mato Leitão. Equipe da Procuradoria da Função Penal Originária do Ministério Público (PFPO/MP), esteve no Centro Administrativo, reunindo documentos que registram a participação de uma empresa da região, em licitações no município. Conforme assessoria de comunicação do órgão, esta etapa das investigações, denominada Operação Auxilium, é conduzida pela promotora de Justiça, Letícia Pacheco, sob a coordenação do procurador Fábio Costa Pereira.
O grupo chegou ao município por volta das 6h e esteve nas residências de servidores, cumprindo mandados de busca e apreensão. Em seguida, se aquartelou no auditório do Centro Administrativo, onde permaneceu por várias horas, reunindo e analisando documentos. Conforme assessoria do MP, a operação foi executada, simultaneamente, em sete cidades gaúchas. Além de Mato Leitão, buscas ocorreram em Pantano Grande, no Vale do Rio Pardo; em Santa Clara do Sul e Estrela, no Vale do Taquari, e ainda em Ibirapuitã, Capela de Santana e Porto Alegre. Além de prefeitura, foram “visitadas” empresas particulares e residências, a partir de mandados expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O prefeito Arly Sthör, o Flecha, não comentou sobre a operação. Disse apenas que foi avisado ainda em casa, pouco antes da 7h, e que a Administração Municipal está colaborando com o MP. Além de documentos, servidores tiveram celulares recolhidos.
Procuradoria
A PFPO é um órgão do MP que participa de operações investigativas, para combater crimes como fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e crimes de responsabilidade. Essas operações, muitas vezes em parceria com o Gaeco e outras unidades do MP, envolvem buscas e apreensões em prefeituras, secretarias, empresas e residências suspeitos.
Também participaram da Operação Auxilium, os promotores-assessores Karina Bussmann, Mariana de Azambuja Pires, Heitor Stolf Junior e André de Azevedo Coelho, além do promotor de Justiça, João Beltrame, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que esteve em Estrela, com apoio de policiais adidos do MP e dos batalhões de choque da Brigada Militar.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do MP, que informou que não serão concedidas entrevistas, em função da etapa de coleta de informações. Com documentos e material eletrônico apreendidos, boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).