Medicamentos têm lugar certo e tempo de uso

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Foto: Divulgação Medicamentos devem ser guardados longe do alcance das crianças
Medicamentos devem ser guardados longe do alcance das crianças

Quase todas as pessoas guardam algum tipo de medicamento em casa ou têm aquelas ‘farmacinhas’. Contudo, os medicamentos não podem ser guardados em qualquer lugar. Quando se tem alguma criança em casa, o cuidado deve ser ainda dobrado. Vale lembrar que não é apenas o local certo que deve ser levado a sério, mas, também, a validade dos remédios.

De acordo com a farmacêutica e professora do curso de Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Lisoni Müller Morsch, os locais em que as pessoas mais armazenam medicamentos são cozinhas e banheiros. Contudo, são dois espaços que não são recomendados, pois apresentam muita umidade e calor, independente da época do ano. Qualquer outro local dentro de casa, a não ser esses, é indicado para deixar os medicamentos, desde que estejam fora do alcance das crianças. Quando os pequenos consomem algum remédio sem que os pais vejam, em caso de intoxicação, os sintomas costumam ser dores abdominais, vômito, tontura e, de acordo com o medicamento, eles ficam mais sonolentos.

Cuidado com o ambienteOutra questão que deve ser observada é a luminosidade, pois não se deve deixar o medicamento exposto à luz, mesmo que ele tenha uma embalagem secundária. “Muitas pessoas têm o hábito de tirar o medicamento de dentro da caixa e deixam exposto à luz. A luminosidade degrada alguns princípios ativos dos medicamentos e o mesmo ocorre com a umidade e o calor”, comenta. Quando existe perda do princípio ativo, a ação do medicamento é prejudicada.

De preferência, de acordo com a profissional, os medicamentos devem ficar em locais fechados, desde que não sejam armários de banheiros e cozinhas. Além disso, deixá-los dentro da embalagem secundária também é importante.

De olho no prazo de validadeLisoni ressalta que é importante ficar atento, com frequência, ao prazo de validade, porque, em alguns momentos, as pessoas fazem uso dos medicamentos por impulso e não param para analisar se estão vencidos ou não.

O prazo de validade dos remédios varia muito. Alguns medicamentos, principalmente os líquidos, mesmo que tenham prazo estipulado na embalagem, devem ser usados apenas durante o período de tratamento e jamais serem guardados para uso posterior.

A farmacêutica ressalta que consumir algum medicamento que tenha passado do prazo de validade é um risco muito grande à saúde. A indústria, para estipular este prazo ao medicamento, faz um estudo de estabilidade deste. Durante esse período de estudo, é verificado até quando o medicamento terá efeito terapêutico.

A partir do prazo de validade, o remédio não faz mais efeito e pode ocasionar algum problema de saúde devido à degradação do princípio ativo. Além disso, o consumo de medicamento vencido pode levar a uma intoxicação. Caso a pessoa faça uso por tempo continuado dele, este pode levar à morte, mas depende do medicamento e do tempo de consumo.

Conforme a profissional, após passar o prazo de validade, os medicamentos devem ser descartados logo. O descarte correto não é o vaso sanitário nem a pia. Os remédios devem ser levados para uma farmácia que efetua o descarte. “Muitas farmácias, hoje, já disponibilizam locais específicos dentro do ambiente da farmácia para descarte de medicamento”, comenta.

 ‘Farmacinhas’ em casa

A farmacêutica Lisoni não recomenda que as pessoas tenham em casa as ‘farmacinhas’, ou seja, vários medicamentos guardados. Segundo ela, estudos, hoje, comprovam que muitas hospitalizações são decorrentes do uso indiscriminado de medicamentos.

Na opinião dela, se a pessoa tem uma ‘farmacinha’ em casa, quando sente alguma dor, logo busca aliviá-la com o consumo de remédios. Contudo, caso ela ainda faça uso de algum medicamento para tratamento, pode ocorrer uma interação medicamentosa. “Por mais simples que seja o medicamento, até mesmo um chá, pode prejudicar o tratamento que a pessoa está realizando”, comenta.

A profissional ressalta que não é conveniente ter uma ‘farmacinha’ em casa, porque a pessoa precisa de uma orientação sobre qual o medicamento que pode ou não consumir. “às vezes não é necessário consumir, mas por terem o medicamento em casa, as pessoas fazem uso”, comenta.

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