
No município que é a Capital Nacional do Chimarrão, não é apenas o hábito popular de degustar a bebida símbolo dos gaúchos que reforça o título. É a história, o cultivo e o aproveitamento da erva-mate até na culinária. Mas, vai além e, acreditem, é do gosto de alguns animais.
É o caso da Mel, a primeira ovelha de estimação da família Mirandoli. “É nossa parceira do chimarrão. Enquanto a gente toma, ela come erva. Mas só quer erva fresquinha, tirada do pacote”, revela Diane Mirandoli, 23 anos. A Mel até entra na divisão da rapadura na hora do chima, mas, como está acima do peso, o doce foi cortado. Agora, a dieta só aceita legumes, pastagens e milho.
Com pouco mais de um ano, a ovelha foi comprada em uma propriedade em Linha Cerro dos Bois. Quando pequena, chegou a ser cuidada em casa, no centro de Venâncio, mas o tamanho e a ‘fome’ por objetos de plástico forçaram a família a levá-la para uma propriedade maior, que fica nos fundos de sua loja, na RSC-287, próximo ao trevo de acesso à cidade. É lá que é criada solta, com todo conforto possível. Apenas à noite fica em um galpão fechado.
Recentemente, a Mel ganhou companhia. Um cordeiro foi dado de presente para a família e tem pouco mais de três meses. Os Mirandoli seguem na dúvida de como batizá-lo, mas as opções são Chico ou Melado. O filhote, ainda novato no espaço, imita e segue a semelhante mais velha em tudo. Inclusive ao estranhar a presença desta repórter e manter certa distância. “É que a Mel adora crianças”, justifica Diane.
PAIXÃO PELOS ANIMAIS
Diane Mirandoli conta que desde pequena sempre gostou de bichos diferentes de pets tradicionais, como cães e gatos. O desejo em ter um ovino de estimação foi quando a família começou a vender ovelhas de pelúcia na sua loja de artigos relacionados à pecuária e à erva-mate. “Sempre dizia pra mãe que um dia eu teria uma de verdade. São muito lindas e fofas.”
Além da Mel e do cordeiro Chico ou Melado, a propriedade tem três cachorros (Preta, Forasteiro e Tonho/Nício – também um desacordo de nomes na família) e a galinha Cocó e o galo Chico. “Ainda queremos fazer um açude, colocar um monte de peixes, gansos, patos. Se a gente pudesse, teria dezenas de animais aqui”, revela Diane.
