Venâncio Aires terá, em breve, carrinhos de compras adaptados para cadeirantes nos supermercados. Foi aprovado por unanimidade, na sessão da Câmara de segunda-feira da, 8, o Projeto de Lei do Legislativo número 049/2020, de autoria do vereador André Puthin (MDB), que determina que cada estabelecimento do setor disponibilize pelo menos um carrinho adaptado aos clientes com deficiências físicas ou mobilidade reduzida.
Autor da proposta, Puthin salienta que teve a ideia de apresentar a iniciativa depois de deparar com um cadeirante circulando por um supermercado com uma cestinha no colo. De acordo com ele, a proposição tem por objetivo aperfeiçoar a Lei número 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas e critérios para promover a acessibilidade. “Precisamos dar a estas pessoas as condições para alcançarem e utilizarem, com segurança e autonomia, os espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, as edificações e os transportes”, afirma.
O vereador do MDB destaca ainda que, no seu entendimento, os carrinhos já deveriam ser disponibilizados nos supermercado, “pois o número de cadeirantes é significativo e todos merecem serviços e produtos que os atendam”. Puthin informa que, antes de apresentar o projeto, fez visitas, falou com empresários do setor e foi incentivado a dar sequência à iniciativa. “Os próprios empresários e funcionários dos mercados comentaram que conseguem identificar cadeirantes que frequentam os locais. A receptividade foi excelente”, conclui.
“A acessibilidade é um dos temas mais discutidos na atualidade e a intenção de ter estes carrinhos adaptados, para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, visa atender a um público significativo que precisa ter seus direitos respeitados.”
ANDRÉ PUTHIN – Vereador do MDB
Protótipo da Venax
Durante a busca de informações para embasar o projeto de lei, o vereador procurou a diretora da Venax Eletrodomésticos, Fabiana Bergamaschi, para sugerir que a empresa desenvolvesse um protótipo do carrinho adaptado. A empresária comprou a ideia e o equipamento já está sendo fabricado. Ela acredita que na próxima semana já estará levando o carrinho a um supermercado que aceitou ser parceiro para um período de testes. “Vamos acompanhar a utilização e fazer ajustes, se for necessário. Se houver demanda, podemos tornar o carrinho adaptado um produto do nosso portfólio”, projeta Fabiana.